Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Apr 2010)

Leishmaniose visceral: estudo retrospectivo de fatores associados à letalidade Visceral leishmaniasis: retrospective study on factors associated with lethality

  • Daniel Gomes de Alvarenga,
  • Patrícia Maria Fonseca Escalda,
  • Alexandre Sylvio Vieira da Costa,
  • Maria Tereza Ferreira Duenhas Monreal

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86822010000200017
Journal volume & issue
Vol. 43, no. 2
pp. 194 – 197

Abstract

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INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública, com grau de letalidade alcançando 10%. Para o tratamento medicamentoso, é recomendado o antimoniato de metilglucamina. Este estudo tem como objetivo avaliar o uso de medicamento em casos de leishmaniose visceral atendidos no Serviço de Infectologia do Núcleo de Hospital Universitário de Campo Grande Estado do Mato Grosso do Sul. MÉTODOS: Para coleta de dados, foram pesquisados prontuários de 76 pacientes com diagnóstico de leishmaniose visceral atendidos pelo Serviço de Infectologia do Hospital Universitário de Campo Grande. RESULTADOS: Foram analisados prontuários de 76 (28,9%) pacientes (56 homens e 20 mulheres) apresentavam comorbidades. Como droga de 1ª escolha, 88,2% dos pacientes utilizaram o antimoniato-N-metil glucamina com evolução para óbito de 18,4%. A análise de sobrevida mostrou diferença estatisticamente significativa em pacientes com e sem comorbidades (pINTRODUCTION: Visceral leishmaniasis is a public health problem, with lethality reaching 10%. The recommended drug treatment is methylglucamine antimoniate. This study aimed to evaluate drug use for cases of visceral leishmaniasis treated at the Infectology Clinic of the Campo Grande University Hospital Center, State of Mato Grosso do Sul. METHODS: To collect data, we examined the medical records of 76 patients with a diagnosis of visceral leishmaniasis treated at this Infectology Clinic. RESULTS: The medical files of 76 patients (56 men and 20 women; 28.9%) showed comorbidities. The first choice drug for 88.2% of the patients was N-methylglucamine antimoniate, with a fatal outcome for 18.4%. Survival analysis showed a statistically significant difference between patients with and without comorbidities (p <0.0001) and with comorbidities who used Glucantime® (p < 0.0009). The fatality rate of 18.4% indicates the low efficiency of the healthcare measures used. CONCLUSIONS: The results suggest that the prognosis becomes poor when associated with the presence of comorbidities, and that the treatment needs to be carefully administered to minimize mortality.

Keywords