Psicologia em Estudo (Dec 2005)

Enfrentamento, aspectos clínicos e sociodemográficos de pessoas vivendo com HIV/Aids Coping, clinical and sociodemographic aspects of people living with HIV/Aids

  • Eliane Maria Fleury Seidl

DOI
https://doi.org/10.1590/S1413-73722005000300010
Journal volume & issue
Vol. 10, no. 3
pp. 421 – 429

Abstract

Read online

O estudo objetivou descrever as estrat��gias de enfrentamento adotadas por pessoas portadoras de HIV/Aids e identificar associações entre modalidades de enfrentamento e variáveis sociodemográficas (sexo, escolaridade e situação conjugal) e médico-clínica (condição sintomática e assintomática). A amostra de conveniência foi composta de 241 pessoas soropositivas, 161 (66,8%) homens, de 20 a 64 anos (M=37,4; DP=7,8), 169 (70,1%) sintomáticas. A coleta de dados incluiu questionários estruturados e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP), com aplicação individual assistida e preenchimento da EMEP sem a presença do pesquisador. Os resultados indicaram a variabilidade das estratégias de enfrentamento, com predomínio de enfrentamento focalizado no problema. Em mulheres e pessoas com níveis mais baixos de escolaridade predominaram enfrentamento focalizado na emoção e busca de práticas religiosas. Os resultados fornecem subsídios para a intervenção psicológica em se tratando de pessoas soropositivas. Limitações da conceituação e da avaliação do enfrentamento são discutidas, devendo ser consideradas em estudos futuros.The study aimed at describing coping strategies of people living with HIV/AIDS and identifying associations between modalities of coping and sociodemographic variables such as sex, schooling and marital status, as well as clinical ones (symptomatic versus asymptomatic conditions). A convenience sample was composed with 241 HIV+ people, 161 (66,8%) were men between the ages of 20 and 64 (M=37,4), 169 (70,1%) symptomatic. The instruments used included structured questionnaires and a Brazilian version of a scale for measure strategies of coping, with assisted application and fulfilling of scale without the presence of researchers. Results showed variability in the coping strategies used, with predomination of problem-focused coping. Amongst women and less educated individuals there was a prevalence of emotion-focused coping and search for religious practices. The results provide subsidy for HIV-positive patients to draw sustenance from psychological support. Limitations of conceptualization and evaluation of coping are discussed and must be taken into consideration for future reference in further research

Keywords