RAM. Revista de Administração Mackenzie (Jun 2021)

Do ownership concentration and the board of directors affect exports? / Concentração acionária e conselho de administração impactam as exportações?

  • Vitor F. M. B. Dias ,
  • Michele A. Cunha ,
  • Fernanda M. Peixoto,
  • Duterval Jesuka

DOI
https://doi.org/10.1590/1678-6971/eRAMF210009
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 03

Abstract

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Purpose: To investigate whether the shareholder concentration and the board composition influence the export of Brazilian listed firms from 2010 to 2017. Originality/value: The study contributes to the literature on exports and corporate governance by highlighting that companies with good governance practices, measured by the board composition and ownership/control structure, might increase their exports. This research can serve as a guide for companies to structure their boards in order to positively influence exports and improve performance. In addition, the study raises the question of what would be the “optimal level” of firms’ shareholding concentration in order to improve the decision-making process involved in choosing to expand borders through export. Design/methodology/approach: The study performed logistic regression (logit model) and regression with the censored dependent variable (tobit model). Propensity to export and intensity of export were used as dependent variables. The logit regressions involved a sample of 307 exporting and non-exporting companies, and the tobit regressions involved a sample of 61 exporting firms. Findings: We found a positive relationship between board independence and exports, that is, the greater presence of independent members on the board, the higher the export level of firms. We also found that there is a non-monotonic relationship between shareholder concentration and level of exports. In summary, the study suggests that some corporate governance mechanisms may act as antecedents for firms’ export practices. / Objetivo: Investigar se a concentração acionária e a composição do conselho de administração influenciaram o nível de exportação de firmas brasileiras, no período de 2010 a 2017. Originalidade/valor: O estudo contribui para a literatura sobre exportações e governança corporativa ao evidenciar que empresas com boas práticas de governança, mensuradas pela composição do conselho de administração e estrutura de propriedade/controle, conseguem elevar suas exportações. Esta pesquisa pode servir como orientação para as empresas estruturarem seus conselhos, a fim de influenciar positivamente as exportações e melhorar o desempenho. Além disso, o estudo suscita a reflexão sobre qual deveria ser o “nível ótimo” de concentração acionária das firmas, de modo a melhorar o processo decisório envolvido na escolha de expandir fronteiras por meio da exportação. Design/metodologia/abordagem: Utilizaram-se dois métodos de regressão: regressão logística (modelo logit) e regressão com variável dependente censurada (modelo tobit). As variáveis dependentes foram: propensão a exportar e intensidade de exportação. As regressões logit envolveram uma amostra de 307 empresas, composta por firmas exportadoras e não exportadoras. As regressões tobit envolveram uma amostra de 61 empresas exportadoras. Resultados: Constatou-se que há uma relação positiva entre independência do conselho e exportações, isto é, quanto maior a presença de membros independentes no conselho, maior o nível de exportação das firmas. Constatou-se ainda que há uma relação não monotônica entre concentração acionária e nível de exportações. Em suma, o estudo sugere que alguns mecanismos de governança corporativa podem atuar como antecedentes das práticas de exportação das firmas.

Keywords