Caderno de Administração (Sep 2008)

A RELAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA NO BRASIL: SURGIMENTO E TIPOLOGIAS

  • Juliana Previatto Baldini,
  • Priscilla Borgonhoni

DOI
https://doi.org/10.4025/cadadm.v15i2.5133
Journal volume & issue
Vol. 15, no. 2
pp. 29 – 38

Abstract

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A organização das atividades de Ciência e Tecnologia (C&T) vem se transformando com maior intensidade principalmente nas três últimas décadas, o que promoveu a inserção de novos atores no contexto da pesquisa e a reconfiguração dos papéis desempenhados pelos atores já envolvidos. Diante disso, em várias partes do mundo é notável o crescimento dos debates sobre a importância de se incentivar a relação universidade-empresa (U-E), sob forma de alavancar o desenvolvimento econômico de regiões e países. Esse contexto contribuiu para que a discussão sobre essa relação ganhasse força em diversas esferas, públicas ou privadas. Especialmente no Brasil, a relação U-E vem sendo estimulada e acredita-se ser adequada para que as universidades e/ou institutos públicos de pesquisa possam contribuir de uma forma mais eficiente com a geração de novas tecnologias. Surgiram assim, formas alternativas para que as instituições de ensino e pesquisa pudessem conduzir suas pesquisas a fim de alcançar resultados úteis à comunidade. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo apresentar um breve histórico sobre a relação U-E no Brasil e caracterizar alguns tipos de relações firmadas entre essas duas instituições, destacando as incubadoras de empresas, os convênios e as redes em C&T. A relação U-E realmente é um instrumento útil para o desenvolvimento econômico e social de regiões e países. No entanto, um debate criterioso sobre o tema necessita ser feito, pois os modelos utilizados no Brasil foram “copiados” de outros países, especialmente dos Estados Unidos, sem que fosse realizada uma reflexão sobre a necessidade de adaptações ao Brasil.