Acta Paulista de Enfermagem (Sep 2024)

Abordagem profissional e o comportamento suicida na Atenção Primária à Saúde

  • Ana Iria de Oliveira Negrão,
  • Thiago Domingos da Silva,
  • Tatiane Ferrari Frangonari,
  • Ana Lucia de Moraes Horta

DOI
https://doi.org/10.37689/acta-ape/2024ao0001005
Journal volume & issue
Vol. 37

Abstract

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Resumo Objetivo Descrever a abordagem profissional à pessoa com comportamento suicida na Atenção Primária à Saúde e suas associações com as variáveis sociodemográficas, de escolaridade e ocupacionais dos trabalhadores de saúde. Métodos Estudo transversal. Participaram 192 profissionais de saúde de 20 Unidades Básicas de Saúde de um município da grande São Paulo. Foram aplicados um questionário para caracterização sociodemográfica, de escolaridade e ocupacional, e a Avaliação da Assistência Profissional às Pessoas com Comportamento Suicida. Os resultados foram apresentados por meio de medidas de tendência central e dispersão, e a análise utilizou testes paramétricos e não-paramétricos, considerando a natureza das variáveis. Utilizou-se nível de significância de 5%. Resultados Houve predominância do sexo feminino, média etária de 43,27 anos, nível superior e tempo médio de trabalho de 10,71 anos. Os domínios Percepção Profissional e Conhecimento/Habilidade obtiveram as maiores pontuações. Experiência Profissional e Organização da Rede de Atenção obtiveram menores pontuações, demonstrando fragilidade na atuação profissional e na articulação em rede requeridas na abordagem ao comportamento suicida. Idade, tempo de atuação na unidade e a frequência com que são atendidas as populações de risco para o comportamento suicida estiveram associadas às pontuações na Percepção Profissional, Experiência e Conhecimento/Habilidade. Conclusão Percepção, conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde da Atenção Primária contribuem para a abordagem ao comportamento suicida, associando-se às características ocupacionais e de escolaridade. Experiência profissional e Organização da rede de atenção denunciam as fragilidades na articulação necessária para a abordagem ao comportamento suicida, indicando caminhos para formação e trabalho em saúde.

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