Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-047 - USO DA METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPE PARA APRIMORAMENTO DO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO NO PROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS EM UM AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADES

  • Adrielle Gislaine S. Nhoncanse,
  • Jefferson Olimpio de Sousa,
  • Richard Rodrigues Nunes,
  • Camila Gouvea da Silva,
  • Renato de Lima Vieira,
  • Ivani Bizon,
  • Sergio Antonio Pulzi Junior,
  • Maria Claudia Stockler Almeida

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 103976

Abstract

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Introdução: No Brasil, há poucos dados publicados de eventos adversos (EAs) em serviços de endoscopia (SE)(1). Estudos apontam que o risco de EAs em SE seja de 1 caso para cada 1,8 milhões de procedimentos. É possível que este dado esteja subestimado, uma vez que não há um modelo de vigilância padronizada e os EAs como infecções, podem ocorrer tardiamente, e não ser possível estabelecer o vínculo epidemiológico (2). Objetivo: Descrever a aplicação da metodologia ativa Team Based Learning (TBL) para revisão do procedimento operacional padrão (POP) de processamento de aparelhos endoscópicos em um ambulatório de especialidades. Método: Estudo descritivo do uso da metodologia TBL para promover a participação da equipe executora do processamento dos endoscópios na revisão do POP em um ambulatório que realiza em média 2.700 procedimentos de endoscopia e colonoscopia anualmente, sendo o processamento realizado tanto de forma manual quanto automatizado. Primeiramente a equipe executora foi dividida em grupos e orientada a descrever cada etapa do processamento. Após, o representante do serviço de controle de infecção ambulatorial (SCIA) lia as etapas do POP, identificava dúvidas e propostas de atualização, como: 1) Qual o motivo do aparelho ainda estar ligado na fonte durante o ato de pré-limpeza? 2) No teste de vedação, é necessário haver movimentação do aparelho para identificar bolhas que correspondem a um teste positivo? 3) Após a limpeza, é necessária secagem com ar comprimido? Entre outras. Ao término da dinâmica foi apresentado as principais fragilidades no processamento dos endoscópios encontrados na literatura (2). Resultados: O treinamento teve duração de 1h 30 min, durante todo momento houve participação ativa da equipe de Enfermagem com perguntas pertinentes, que proporcionaram a atualização e correção do POP. Foi realizada avaliação de reação com respostas positivas e comentários construtivos. Conclusão: A metodologia TBL traz a participação da equipe no processo de treinamento, e sabe-se que dentre todos os processos do SCIA, certamente treinamento é o mais desafiador, mas ao fazer uso dessa metodologia pode ser evidenciado que o POP passou de um documento com pouco acesso, para um documento lido e revisado por toda equipe executora.