Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal (Jun 2008)

Levels of dry matter intake on metabolites and hormones plasmatic and follicular hormones in beef heifers Níveis de ingestão de matéria seca sobre metabólitos e hormônios circulantes e hormônios foliculares em novilhas de corte

  • Robério Rodrigues Silva,
  • João Antônio Negrão,
  • Fabio Luiz Bin Cavalieri,
  • Ivanor Nunes do Prado,
  • Luis Paulo Rigolon,
  • Jair de Araújo Marques

Journal volume & issue
Vol. 9, no. 2

Abstract

Read online

This study was carried out to evaluate the effect of dry matter intake (DMI) on metabolites and plasmatic and follicular hormones. Twenty seven crossbreed ½ Nelore x ½ Angus heifers were allocated in the 3 groups, with 9 replications each: 1.2%, 1.6% and 2.6% of DMI/day on the relation of body weight. One hundred forty two days after the beginning of experiment the oestrous cycle was synchronized. Five heifers from each group were catheterizated in the caudal vena cava. Blood was collected via jugular vein and caudal vena cava every two days up to 12th day of the oestrous cycle from 8th FSH application, 11 blood samples were collected from jugular vein every 4 hours to determine glucose, insulin, urea, estradiol-17B and progesterone in plasma. Four heifers from each group were ovarioctemized in the 7th FSH doses and IGF-I, estradiol-17B and progesterone levels were determined in fluid of the mean and large follicle. Glucose levels (83.02 mg/100 mL) and estradiol-17B(1796.93 pg/mL) were superior (P<0.05) in the jugular vein from heifers with 1.6% of DMI. However, levels of insulin (13.96 mU/L) were higher (P<0.05) for heifers receiving 2.6% of DMI. Levels of urea were higher (P<0.05) as DMI increased. Levels of progesterone, in plasma of jugular vein, were not affected by DMI. However, levels of progesterone were higher (P<0.05) for heifers receiving 2.6% of DM (11.77 ng/ml) than for heifers receiving 1.2% of DM (6.39% ng/ml). It can be concluded that not always the plasmatic hormonal variation is reflected in to follicular level.Objetivou-se verificar o efeito do nível da ingestão de matéria seca (IMS) em percentagem do peso vivo sobre as concentrações de glicose, insulina, uréia, estrógeno e progesterona no plasma sangüíneo da veia jugular, progesterona no plasma sangüíneo da veia cava caudal e IGF-1, estrógeno progesterona no líquido folicular. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no período de maio a junho de 2000. Foram utilizadas 27 novilhas cruzadas (½ Nelore vs. ½ Angus), distribuídas em três tratamentos e nove repetições: 1,2%; 1,6% e 2,6% de IMS/dia em relação ao peso vivo, respectivamente. As dietas continham 12,30% de PB e 1,11Mcal de ELg/kg de MS. Após 142 dias de experimento, os animais tiveram seus ciclos estrais sincronizados. Cinco novilhas de cada tratamento foram cateterizadas na veia cava caudal. O sangue foi coletado da veia jugular e da veia cava caudal cada dois dias até o 12o dia do ciclo estral e, a partir da oitava aplicação de FSH (D12), foram coletadas 11 amostras de sangue da veia jugular a cada 4 horas para se determinar as concentrações de glicose, insulina, uréia, estrógeno e progesterona no plasma sangüíneo. As outras quatro novilhas de cada tratamento foram ovariectomizadas na sétima aplicação de FSH (D12) para a dosagem dos níveis de IGF-I no líquido dos folículos médios (5-9mm) grandes (>10mm). As concentrações de glicose (83,02mg/100mL) e estrógeno (1.796,93pg/mL) no plasma da veia jugular foram maiores (p<0,05) nos animais com 1,6% de IMS. Por outro lado, os níveis de insulina foram maiores (p<0,05) nos animais com 2,6% de IMS (13,96mU/L). Com o aumento dos níveis IMS, aumentaram, também, os níveis sangüíneos de uréia (p<0,05). Não houve efeito (p>0,05) da IMS sobre os níveis de progesterona no plasma sangüíneo coletado da jugular. No entanto, no plasma sangüíneo coletado da veia cava caudal, os níveis de progesterona foram maiores (p<0,05) nos animais com 2,6% de IMS (11,77ng/ml). Da mesma forma, não houve efeito (p>0,05) da IMS sobre os níveis foliculares de IGF-I, estrógeno e progesterona. Pode-se concluir que nem sempre uma variação hormonal sistêmica é refletida em nível folicular.