Tempo Social (Jan 2022)

Lutas negras no largo da Banana

  • Renata Monteiro Siqueira

DOI
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2021.179762
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 3
pp. 281 – 300

Abstract

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Resumo O largo da Banana, associado aos primórdios do samba paulistano, é tido por território negro de resistência pretérita e antinômica à “modernidade”. Cotejando essa construção simbólica com documentos que lhe deram base, sugiro que ele abrigou lutas negras heterogêneas e posteriores à origem do samba. Inquiro expectativas de raça, classe e cultura que informaram a produção de um acervo do mis-sp e estudos que o mobilizaram a partir dos anos 1970, enredados nos debates sobre autenticidade, cultura negra e relações raciais. Analiso o discurso dos carnavalescos sobre o “berço” do samba à luz de ambições profissionais, por prestígio e respeitabilidade, laterais aos interesses dos pesquisadores, mas centrais para como eles significavam sua história.

Keywords