Revista Brasileira de Zootecnia (Apr 2004)

Respostas morfológicas do capim-Tanzânia (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1) irrigado à intensidade de desfolha sob lotação rotacionada Morphological responses of irrigated Tanzaniagrass (Panicum Maximum Jacq. cv. Tanzania-1) to grazing intensity under rotational stocking

  • Alexandre Carneiro Leão de Mello,
  • Carlos Guilherme Silveira Pedreira

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-35982004000200003
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 2
pp. 282 – 289

Abstract

Read online

Objetivando quantificar respostas morfológicas de dosséis de capim-Tanzânia (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia-1) sob três intensidades de pastejo, lotação rotacionada e irrigação, foi conduzido um experimento em delineamento experimental de blocos completos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram três intensidades de pastejo, representados pelas quantidades de massa seca verde residual pós-pastejo (T1=1000; T2=2500 e T3=4000 kg MSV/ha). Durante oito ciclos de pastejo (rebrotas de 33 dias após três dias de pastejo em cada ciclo), foram realizadas avaliações de altura média do dossel, índice de área foliar (IAF), interceptação luminosa (IL) e ângulos foliares médios, em quatro dias dentro do período de rebrota (1, 11, 22 e 33 dias após a saída dos animais). A análise de correlações parciais indicou correlações entre altura e IL, bem como entre IAF e IL. Com o progresso da estação de pastejo, da primavera-verão para outono-inverno, houve reduções nos valores de IAF médio. Valores médios de IAF crítico (95% IL) de 3,6 (T1), 4,0 (T2) e 4,5 (T3), foram alcançados por volta do 22º dia das rebrotas. A maior intensidade de pastejo (menor resíduo) alterou a estrutura da pastagem no que diz respeito à arquitetura do dossel, evidenciada pela redução nos ângulos foliares médios (folhas mais horizontais) ao longo das estações, com plantas passando a interceptar mais luz por unidade de área foliar. Os IAFs críticos medidos sugerem a necessidade de períodos de descanso menores que 33 dias em pastos de capim-Tanzânia, quando submetido a pastejo intensivo sob lotação rotacionada e irrigação.The objective of this research was to quantify morphological responses of Tanzania grass (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzania-1) under three grazing intensities in an irrigated, rotationally stocked setting. Treatments consisted of three grazing intensities represented by three post-graze forage masses (T1=1,000; T2=2,500, and T3=4,000 kg green dry mass/ha), in a randomized complete block design with four replications. During the grazing season (eight 36-d cycles; three days of grazing followed by 33 days rest), the following measurements were taken: mean sward height, leaf area index (LAI), light interception (LI), mean leaf angles, all measured on four occasions (1, 11, 22, and 33 days after grazing) of each rest period. Partial correlation analysis indicated the existence of correlation between height and LI, as well as between LAI and LI. As the grazing season progressed from spring-summer to autumn-winter, mean LAI declined. Mean critical LAI (95% LI) was 3.6 (T1), 4.0 (T2), and 4.5 (T3) and was always reached around the 22nd day after grazing. Over the season, hard grazing (lower residual mass) altered the sward structure causing shifts in plant architecture, as shown by reduced leaf angles (more horizontal), as plants begun to intercept more light per unit of leaf area. Critical LAI values suggest that relatively short rest periods may be advantageous for Tanzania grass pastures managed intensively under rotational stocking and irrigation.

Keywords