Cadernos de História da Educação (Nov 2020)

Sons da alfabetização no Brasil Império: atualidade de Castilho e Jacotot

  • Suzana Lopes de Albuquerque,
  • Carlota Boto

DOI
https://doi.org/10.14393/che-v20-2021-18
Journal volume & issue
Vol. 20
pp. e018 – e018

Abstract

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Ao indicar a “instrução fônica sistemática” como um de seus princípios norteadores, a Política Nacional de Alfabetização – PNA (2019) ressoa uma latente discussão metodológica imperial que perpassava as querelas entre as marchas sintética e analítica no ensino da língua materna. Esse artigo apresenta as matrizes do método fônico, criado pelo português António Feliciano de Castilho (1855), e do método analítico do Ensino Universal, criado por Joseph Jacotot (1834), que circularam e geraram embates em solo brasileiro no século XIX. Restringir as divergências do processo de alfabetização ao aspecto metodológico da adoção dessas marchas reitera o viés tecnicista desacoplado do contexto social, histórico, político e cultural dos sujeitos envolvidos.

Keywords