Enfoque (Sep 2019)

Liquidação de operadoras de planos de assistência à saúde no Brasil

  • Ciro Gustavo Bragança,
  • Laura Edith Taboada Pinheiro,
  • Valéria Gama Fully Bressan,
  • Luiz Augusto de Carvalho Francisco Soares

DOI
https://doi.org/10.4025/enfoque.v38i2.43515
Journal volume & issue
Vol. 38, no. 2

Abstract

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O mercado de saúde suplementar tem crescido sobretudo na última década. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o sistema contava com 47,9 milhões de usuários em dezembro de 2016. Embora o crescimento de usuários, a quantidade de operadoras de planos de saúde (OPS) vem caindo desde a criação da ANS. Quando detectadas anormalidades graves de ordem operacional e econômico-financeiro das OPS, a ANS pode decretar regimes especiais, atuando de forma mais efetiva na recuperação das operadoras. O objetivo deste estudo foi analisar a influência da regulação e das intervenções da ANS na continuidade das OPS. Foi utilizada uma regressão logística de dados em painel com efeitos aleatórios, utilizando-se de 26 variáveis econômico-financeiras obtidas por meio de indicadores calculados a partir das informações contábeis das operadoras e variáveis dummies relacionadas às características das operadoras. Uma variável que medisse a influência da ANS na continuidade das OPS também foi utilizada, demonstrando-se significativa para previsão da insolvência. Pesquisas futuras podem abordar a técnica de regressão para dados de sobrevivência como Riscos Proporcionais de Cox e adotar critério de classificação das empresas insolventes com base em índice de margem de solvência das OPS.