Revista Geográfica Acadêmica (Dec 2023)

PADRÕES DE DESMATAMENTO NOS BIOMAS AMAZÔNIA, CERRADO E PANTANAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO PARAGUAI, MATO GROSSO - BRASIL

  • Alexander Webber Perlandim Ramos,
  • Úrsula Ruchkys de Azevedo,
  • Fernanda Vieira Xavier,
  • Sandra Mara Alves da Silva Neves,
  • Edineia Aparecida dos Santos Galvanin

Journal volume & issue
Vol. 17, no. 2

Abstract

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O objetivo deste estudo é analisar a dinâmica espacial da cobertura vegetal e uso da terra e a taxa de desmatamento na Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai, localizada no estado brasileiro de Mato Grosso, visando que as informações possam contribuir no desenvolvimento de estratégias de planejamento territorial voltadas à conservação ambiental. Foram realizadas análises da dinâmica de mudanças da cobertura vegetal e uso da terra e das taxas de desmatamento por meio de procedimentos efetuados via geoprocessamento (recorte, reclassificação, redimensionamento e quantificação) dos dados anuais de mapeamentos (1985-2020) gerados pelo Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas). Na unidade hidrográfica investigada as Áreas de Vegetação Natural sofreram redução de 19,82%, ao passo que as Áreas Antrópicas Agrícolas aumentaram 76,74%. Na bacia a taxa média de desmatamento foi de 1,57%/ano, enquanto que nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal na bacia foi de 4,09%/ano, 1,58%/ano e 0,75%/ano, respectivamente. No Pantanal a taxa média de desmatamento foi de 0,77%/ano para 0,88%/ano do quinquênio inicial (1986-1990) para o final (2016-2020), enquanto no mesmo período houve redução na Amazônia (5,12%/ano para 2,22%/ano) e no Cerrado (1,68%/ano para 1,21%/ano). Constata-se que na bacia o desmatamento ocorre de forma heterogênea, com maior intensidade nos biomas localizados na região de planalto (Amazônia e Cerrado), onde as áreas antrópicas superaram as áreas de vegetação natural. Embora a taxa média de desmatamento seja baixa no Pantanal, comparado aos demais biomas, foi observada uma tendência de aumento recente (2016-2020) na média

Keywords