Revista da Faculdade de Educação (Universidade do Estado de Mato Grosso) (Sep 2019)
O PROFESSOR DAS ESCOLAS DO CAMPO: TRABALHADOR DE MÚLTIPLAS JORNADAS DE TRABALHO
Abstract
As crescentes transformações socioeconômicas e o desenvolvimento do modo de produção têm provocado mudanças significativas no mundo do trabalho. As mudanças se fazem sentir também na escola. Neste trabalho nos propomos trazer para a reflexão um pouco da realidade da educação do campo, mais especificamente, as condições de trabalho do professor. Trabalhador dividido entre os muitos afazeres. Na roça: o camponês-professor e, na escola/ sala de aula: o professor-camponês. Em ambas as atividades, uma característica lhe é comum: a falta de condições mínimas de trabalho. Ou seja, a precarização do trabalho. Questões básicas que orientam nossas reflexões e análises: como esta característica (precarização) se materializa no fazer cotidiano dos professores? Por que esta realidade ainda se reproduz em muitas escolas do campo? Tomamos como caso, o campo na região norte de Mato Grosso (campo empírico de nossas atividades de pesquisa e extensão).