Cadernos de Saúde Pública (Oct 2013)

Ingestão de folato nos períodos pré e pós-fortificação mandatória: estudo de base populacional em São Paulo, Brasil

  • Dirce Maria Lobo Marchioni,
  • Eliseu Verly-Jr.,
  • Josiane Steluti,
  • Chester Luis Galvão Cesar,
  • Regina Mara Fisberg

DOI
https://doi.org/10.1590/0102-311X00084712
Journal volume & issue
Vol. 29, no. 10
pp. 2083 – 2092

Abstract

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Analisou-se a ingestão de folato nos períodos pré e pós-fortificação. Os dados dietéticos foram coletados por recordatório de 24 horas (R24h) no Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-Capital) em 2003 e 2007/2008, estratificando-se a população segundo fase da vida e sexo. Utilizaram-se os valores de recomendação: necessidade média estimada (EAR) e nível máximo de ingestão tolerada (UL) e o método "EAR como ponto de corte" para estimar a inadequação da ingestão. Houve redução na prevalência de inadequação da ingestão de folato em todos os estratos, com destaque para os adolescentes e adultos do sexo masculino, de 72% para < 1% e de 76% para 6%, mas nas mulheres adultas a inadequação permaneceu elevada (38%). Antes da fortificação, o feijão foi o alimento que mais contribuiu para a ingestão de folato; após, o maior contribuinte passou a ser o pão, porém o feijão permaneceu importante. A fortificação foi bem-sucedida (aumentou a ingestão dentro de níveis seguros), porém, gera preocupação a elevada proporção no grupo alvo, mulheres adultas, que não atingem a recomendação para ingestão de folato.

Keywords