Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Aug 2010)

High prevalence of methicillin-resistant Staphylococcus aureus with SCCmec type III in cystic fibrosis patients in southern, Brazil Alta prevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina com SCCmec tipo III em pacientes com fibrose cística no sul do Brasil

  • Keli Cristine Reiter,
  • Alice Beatriz Mombach Pinheiro Machado,
  • Ana Lúcia Peixoto de Freitas,
  • Afonso Luís Barth

DOI
https://doi.org/10.1590/S0037-86822010000400008
Journal volume & issue
Vol. 43, no. 4
pp. 377 – 381

Abstract

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INTRODUCTION: Bacterial colonization of the lungs is the main cause of morbidity in cystic fibrosis (CF). Pathogens such as Staphylococcus aureus are very well adapted to the pulmonary environment and may persist for years in the same patient. Genetic determinants of these bacteria, such as the presence of SCCmec have recently emerged as a problem in this population of patients. METHODS: Staphylococcus aureus isolates obtained from different clinical materials coming from CF and non-CF patients attended at a cystic fibrosis reference hospital were compared according to SCCmec type and antibiotic susceptibility profile. RESULTS: Three hundred and sixty-four single-patient Staphylococcus aureus isolates were collected, of which 164 (45%) were from CF patients. Among the latter, 57/164 (44.5%) were MRSA, and among the non-CF patients, 89/200 (35%) were MRSA. Associated pathogens were found in 38 CF patients. All 57 MRSA from CF patients harbored the multiresistant cassette type III. In contrast, 31/89 MRSA from non-CF patients harbored SCCmec type I (35%) and 44/89 harbored type III (49%). The antibiotic susceptibility pattern was similar between CF and non-CF patients. CONCLUSIONS: The high prevalence of multiresistant SCCmec type III among CF patients compared with non-CF patients in our institution may make it difficult to control disease progression through antibiotic therapy for promoting the survival of this kind of patient.INTRODUÇÃO: Colonização pulmonar bacteriana é a principal causa de morbidade em fibrose cística (FC). Patógenos como Staphylococcus aureus são muito bem adaptados ao ambiente pulmonar e podem persistir por anos no mesmo paciente. Determinantes genéticos desta bactéria, como presença de SCCmec emergiram recentemente como um problema nesta população de pacientes. MÉTODOS: Foram comparados isolados de Staphylococcus aureus obtidos de diferentes materiais clínicos, de pacientes com e sem FC atendidos em um hospital de referência em tratamento de fibrocísticos de acordo com o tipo de SCCmec e o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. RESULTADOS: Foram coletados 364 Staphylococcus aureus, um isolado por paciente, sendo 164 (45%) de pacientes com FC. Entre estes pacientes, 57/164 (44,5%) eram MRSA, e entre pacientes não fibrocísticos, MRSA compreendiam 89/200 (35%). Foram encontrados outros patógenos, associados ao Staphylococcus aureus, em 38 pacientes com FC. Todos 57 MRSA de pacientes com FC possuíam o cassete de multiresistência tipo III. Por outro lado, 31/89 MRSA de pacientes não fibrocísticos possuíam SCCmec tipo I (35%) e 44/89 possuíam tipo III (49%). O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi similar entre pacientes com e sem FC. CONCLUSÕES: A alta prevalência do SCCmec de multiresistência tipo III entre pacientes com FC comparado com pacientes sem FC em nossa instituição pode dificultar o controle da progressão da doença, feito através da antibioticoterapia, e que promove a sobrevivência deste tipo de paciente.

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