Revista de Saúde Pública (Jun 1975)
Mortalidade perinatal em São Paulo, Brasil Perinatal mortality in S. Paulo, Brazil
Abstract
Foi analisada a mortalidade perinatal em São Paulo num período de dois anos. Partiu o estudo da totalidade dos atestados de nascidos mortos e de uma amostra de óbitos de menores de sete dias, para a qual a metodologia foi a de entrevistas domiciliares e junto aos médicos e hospitais que tenham prestado assistência às crianças falecidas. O coeficiente de mortalidade perinatal encontrado foi igual a 42,04 por mil nascidos vivos. Esse valor apresenta-se bastante elevado quando comparado ao de áreas desenvolvidas. Foi verificado que ele poderia ser diminuído com a simples redução dos coeficientes específicos por algumas causas evitáveis a nível de pré-natal (sífilis congênita, doenças próprias ou associadas à gravidez), do parto (distócias, traumatismos obstétricos e anóxia), ou da atenção ao recém-nascido (causas infecciosas, do aparelho respiratório, hemorragias e certas anóxias). O coeficiente de mortalidade perinatal segundo a idade da mãe mostrou que o risco varia com a idade, apresentando-se maior nas mulheres de 40 a 49 anos.Perinatal mortality in S. Paulo, over a period of two years, was analysed. The study took in all death certificates of the stillborn and a sample of children under a week of age. For the latter the methodology used was by interviewing phisicians and hospitals that cared for the deceased. The perinatal mortality rate was 42,05 per thousand live births. This value is really high when compared with those of developed areas. Nevertheless it can be reduced once the specific rates for some of the avoidable diseases be reduced by proper pre-natal care (congenital syphilis, illness pertaining to or associated with pregnancy). This can also be done by improving care at delivery (Distocias, obstetrical traumatism and anoxia) and towards the newlyborn (infeccious diseases, respiratory diseases, haemorrages and anoxia). The perinatal mortality rate varies with the age of the mother, the risk being largest in women between 40 and 49 years of age.
Keywords