Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável (Mar 2013)

Uso de metodologia participativa na obtenção de indicadores da qualidade do solo em Mossoró-RN

  • Luiz Eduardo Vieira de Arruda,
  • Rafael Oliveira Batista,
  • Hudson Salatiel Marques Vale,
  • Lucas Ramos da Costa,
  • Ketson Bruno da Silva

Journal volume & issue
Vol. 7, no. 5
pp. 25 – 35

Abstract

Read online

A metodologia participativa possibilita ao produtor rural de baixa renda a obtenção rápida e de forma confiável dos indicadores de qualidade do solo, auxiliando manter a sustentabilidade do agroecossistema. O presente trabalho tem por objetivo geral analisar a qualidade de solos preservados e degradados em Mossoró-RN utilizando metodologia participativa de baixo custo e fácil execução. Para tal, foram analisadas áreas degradas e preservadas do Parque Zoobotânico e Assentamento Mulunguzinho em Mossoró-RN. Foram escavadas trincheiras de 0,50 m x 0,50 m x 0,50 m de forma a visualizar a profundidade do horizonte A do solo de áreas degradas e preservadas. Um grupo com seis avaliadores aplicou a metodologia participativa com os seguintes indicadores: estrutura, compactação, erosão, microrganismos, matéria orgânica, organismos, retenção de água, cobertura e profundidade do horizonte A. Os indicadores foram obtidos da média de três repetições nas áreas degradas e preservadas, sendo posteriormente expressos em tabelas e gráficos tipo “teia”. De acordo com os resultados obtidos conclui-se que a metodologia participativa para avaliação da qualidade do solo é uma ferramenta de baixo custo e fácil aplicação que possibilita o fortalecimento do conhecimento do produtor rural e permite a troca de conhecimentos entre pesquisadores e agricultores; nas áreas degradadas avaliadas tanto do Parque Zoobotânico quanto no Assentamento Mulunguzinho os indicadores que mais penalizaram a média geral dos indicadores foram compactação e estrutura, indicando a necessidade de incorporação de matéria orgânica para atingir os limites aceitáveis de sustentabilidade em agroecossistemas; e os indicadores das áreas preservadas foram sempre superiores aos das áreas degradadas em maior presença de matéria orgânica que propicia melhoria da estrutura, compactação, biologia (macro e microrganismos) e retenção de água no solo.