Revista CEFAC (Oct 2011)
Saúde e comunidades quilombolas: uma revisão da literatura Health and quilombolas communities
Abstract
TEMA: os quilombos fazem parte de uma época triste da história do Brasil. A escravidão deixou profundas marcas no país; feridas que ainda insistem em não cicatrizar. Neste enredo de exclusão, desigualdades e racismo institucionalizado, emergem as comunidades de remanescentes quilombolas, lutando por acesso e políticas inclusivas para suas populações. O acesso em saúde no Brasil é, ainda, uma questão muito polêmica desde a criação do Sistema Único de Saúde. As populações quilombolas reivindicam direito à saúde plena e integral. OBJETIVO: apresentar aos profissionais de saúde uma reflexão sobre as questões pertinentes às populações quilombolas e suas dificuldades na defesa de seus direitos de acesso à atenção em saúde. CONCLUSÃO: são evidentes na trajetória do SUS no Brasil as grandes falhas na inclusão de pessoas historicamente marginalizadas, alijando-as do processo de crescimento humano e social. As políticas públicas em saúde devem buscar a equidade por meio da atenção inclusiva a grupos especiais, de maneira especial à comunidades quilombolas brasileiras.BACKGROUND: Quilombos are part of a sad time in the history of Brazil. Slavery has left deep marks in the country; wounds that still insist on not healing. In this story of exclusion, inequality and institutionalized racism, emerging communities of afro-descendents, fighting for access and inclusion policies for their populations. Access to health care in Brazil is still a very controversial issue since the creation of the Unified Health System (SUS). The quilombolas claim full right and access to complete health care. PURPOSE: to introduce health professionals to reflect on issues relevant to the said populations and their difficulties in defending their rights of access to health care. CONCLUSION: it is evident in the trajectory of SUS in Brazil that there are major flaws in the inclusion of historically marginalized people, jettisoning them in the process of human and social growth. The public health policies should seek equity through comprehensive care for special groups, especially the poor maroon communities in Brazil.