Revista Brasileira de Anestesiologia (Dec 2007)
Avaliação do gradiente pressórico aorto-radial em pacientes submetidos à intervenção cirúrgica com circulação extracorpórea Evaluación del gradiente presórico aorto-radial en pacientes sometidos a la intervención quirúrgica con circulación extracorpórea Evaluation of the aorta-to-radial artery pressure gradient in patients undergoing surgery with cardiopulmonary bypass
Abstract
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Diversos estudos têm demonstrado diferença significativa entre a pressão aórtica e a pressão radial em pacientes submetidos à circulação extracorpórea (CEC). Os objetivos deste estudo foram avaliar o comportamento da diferença entre pressão arterial radial e a pressão aórtica durante revascularização do miocárdio (RM) com CEC e sua correlação com resistência vascular sistêmica. MÉTODO: Após aprovação pelo Comitê de Ética Hospitalar, 16 pacientes submetidos à RM com CEC hipotérmica foram estudados. Pressões sistólica, diastólica e média foram obtidas na raiz da aorta e na artéria radial, através de cateteres específicos. Débito cardíaco foi obtido com o uso de cateter de artéria pulmonar ou diretamente da máquina de CEC e resistência vascular sistêmica indexada (RVSi) foi calculada nos momentos pré-CEC, início da CEC, após a última RM, no fim da CEC e pós-CEC. A análise estatística foi realizada por meio de Análise de Variância para medidas repetidas e correlação de ordem de Spearman e o nível de significância foi fixado em 0,05. RESULTADOS: Após o início da CEC, a pressão arterial radial foi sistematicamente menor que a pressão aórtica em 3 a 5 mmHg. Foi observada correlação significativa entre o gradiente médio de pressão aorto-radial e a RVSi somente após a última RM, correspondendo ao aquecimento do paciente (Rho = 0,67, p = 0,009). CONCLUSÕES: A medida de pressão na arterial radial subestimou sistematicamente a pressão arterial na raiz da aorta após a CEC e a RVSi não forneceu estimativa acurada da magnitude do gradiente de pressão aorto-radial.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Diversos estudios han demostrado diferencia significativa entre la presión aórtica y la presión radial en pacientes sometidos a la circulación extracorpórea (CEC). Los objetivos de este estudio fueron evaluar el comportamiento de la diferencia entre presión arterial radial y la presión aórtica durante revascularización del miocardio (RM) con CEC y su correlación con la resistencia vascular sistémica. MÉTODO: Después de la aprobación por el Comité de Ética hospitalaria, 16 pacientes sometidos a la RM con CEC hipotérmica fueron estudiados. Presiones sistólica, diastólica y media fueron obtenidas en la raíz de la aorta y en la arteria radial, a través de catéteres específicos. Débito cardíaco se obtuvo usando catéter de arteria pulmonar o directamente de la máquina de CEC y Resistencia Vascular Sistémica indexada (RVSi) fue calculada en los momentos pre-CEC, inicio de la CEC, después de la última RM, al final de la CEC y pos-CEC. El análisis estadístico se realizó a través de Análisis de Variancia para medidas repetidas y correlación de orden de Spearman y el nivel de significancia se estableció en 0,05. RESULTADOS: Después del inicio de la CEC, la presión arterial radial fue sistemáticamente menor que la presión aórtica en 3 a 5 mmHg. Se observó correlación significativa entre el gradiente medio de presión aorto-radial y la RVSi solamente después de la ultima RM, correspondiendo al calentamiento del paciente (Rho = 0,67, p = 0,009). CONCLUSIONES: La medida de presión en la arterial radial subestimó sistemáticamente la presión arterial en la raíz de la aorta después de la CEC y la RVSi no suministró estimación puntual de la magnitud del gradiente de presión aorto-radial.BACKGROUND AND OBJECTIVES: Several studies have demonstrated a significant difference between the aortic and radial artery pressures in patients on cardiopulmonary bypass (CPB). The objectives of this study were to evaluate the behavior of the aorta-to-radial artery pressure gradient during myocardial revascularization (MR) with CPB and its correlation with the systemic vascular resistance. METHODS: After approval by the Ethics Committee of the hospital, 16 patients undergoing MR with hypothermic CPB were studied. Systolic, diastolic and mean blood pressures were obtained at the root of the aorta and in the radial artery by using specific catheters. The cardiac output was obtained using a pulmonary artery catheter or from the CPB equipment, and the systemic vascular resistance index (SVRI) pre-CPB, at the beginning of CPB, after the last MR, at the end of the CPB, and post-CPB was calculated. Statistical analysis was done with Analysis of Variance for repeated measurements and Spearman correlation, and a level of significance of 0.05 was established. RESULTS: After beginning CPB, the radial artery pressure was systematically lower than the aortic pressure by 3 to 5 mmHg. A significant correlation between the mean aorta-to-radial artery pressure gradient and SVRI was observed only in the last MR, corresponding to the rewarming of the patient (Rho = 0.67, p = 0.009). CONCLUSIONS: Measurement of the radial artery pressure underestimated, systematically, the arterial pressure at the root of the aorta after CPB and the SVRI did not provide an accurate estimate of the magnitude of the aorta-to-radial artery pressure gradient.
Keywords