Revista de Saúde Pública (Jun 2006)

Body dissatisfaction in Brazilian schoolchildren: prevalence and associated factors Insatisfação corporal em escolares no Brasil: prevalência e fatores associados

  • Andréa Poyastro Pinheiro,
  • Elsa Regina Justo Giugliani

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000300018
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 3
pp. 489 – 496

Abstract

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OBJECTIVE: To examine the prevalence of body dissatisfaction and associated factors in 8- to 11-year-old schoolchildren. METHODS: A cross-sectional study including children aged 8- to 11-years enrolled in public and private schools in Porto Alegre, Southern Brazil, was carried out from August to December, 2001. A total of 901 subjects were selected through cluster sampling. Participants answered a questionnaire aimed at measuring body dissatisfaction and self-esteem and questions about family and social pressures on weight change. Height and weight were measured. The relationship between body dissatisfaction and the variables studied was measured by logistic regression. RESULTS: The prevalence of body dissatisfaction was 82%. Fifty-five percent of the girls wanted a thinner body size, and 28% desired a larger one; the estimates for the boys were 43% and 38%, respectively. Children with the lowest self-esteem (OR=1.80; 95% CI: 1.13-2.89) and who thought their parents (OR=6.10; 95% CI: 2.95-12.60) and friends (OR=1.81; 95% CI: 1.02-3.20) expected them to be thinner showed a higher chance of presenting body dissatisfaction. CONCLUSIONS: Body dissatisfaction was highly prevalent among the evaluated schoolchildren, especially in those with lower self-esteem and who thought their parents and friends expected them to be thinner.OBJETIVO: Examinar a prevalência de insatisfação corporal e fatores associados em escolares entre oito e 11 anos. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com escolares entre oito e 11 anos da rede pública e privada de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, entre agosto e dezembro de 2001. Um total de 901 crianças, selecionadas por conglomerados, responderam verbalmente a questionário sobre insatisfação corporal e a auto-estima, pressão familiar e social relacionadas à mudança de peso. Altura e peso foram aferidos. A associação entre insatisfação corporal e as variaveis estudadas foi medida por meio de regressão logistica. RESULTADOS: A prevalência de insatisfação corporal foi 82%. Entre as meninas, 55% delas desejavam ter um corpo mais magro e 28% desejavam um corpo maior; as estimativas para os meninos foram de 43% e 38%, respectivamente. A análise multivariada revelou que auto-estima mais baixa (OR=1,80; IC 95%: 1,13-2,89) e percepção da expectativa dos pais (OR=6,10; IC 95%: 2,95-12,60) e dos amigos (OR=1,81; IC 95%: 1,02-3,20) para ser mais magra por parte da criança foram as variáveis significativamente associadas à insatisfação com o corpo. CONCLUSÕES: Insatisfação corporal foi altamente prevalente nos escolares avaliados, especialmente naqueles com auto-estima mais baixa e que pensavam que seus pais e amigos esperavam que eles fossem mais magros.

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