Arquivos de Gastroenterologia (Sep 2006)

Initial experience with stapled hemorrhoidopexy for treatment of hemorrhoids Experiência inicial com o tratamento da doença hemorroidária pela técnica de grampeamento circular

  • Carlos Walter Sobrado,
  • Guilherme Cutait de Castro Cotti,
  • Fabricio Ferreira Coelho,
  • Júlio Rafael Mariano da Rocha

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-28032006000300016
Journal volume & issue
Vol. 43, no. 3
pp. 238 – 242

Abstract

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BACKGROUND: Introduction of stapled hemorrhoidopexy by Longo in 1998 represented a radical change in the treatment of hemorrhoids. By avoiding multiple excisions and suture lines in the perianal region, stapled hemorrhoidopexy is intended to offer less postoperative pain than with conventional techniques. OBJECTIVE: To report and analyze the intra and postoperative results gained during initial experience with stapled hemorrhoidopexy. METHODS: One hundred and fifty five patients (67 males) with average age of 39.5 years (21-67 years) underwent stapled hemorrhoidopexy between June 2000 and December 2003 with symptomatic third-degree (n = 74) and fourth-degree (n = 81) hemorrhoids. Mean follow-up period was 20 months (14-60 months). RESULTS: Preoperative symptoms were prolapse (96.7%) and anal bleeding (96.1%). Overall mean operative time was 23 minutes (16-48 minutes). We observed one case of stapler failure and one case of failure to introduce the stapler occurred in a patient with previous anal surgery. Additional sutures for hemostasis were required in 103 patients (66.5%). Resection of skin tags was performed in 45 cases (29%). Postoperatively scheduled analgesia with oral dipyrone and celecoxib was enough for pain control in 131 patients (84.5%). Rescue analgesia was necessary in 24 cases (15.5%). Five patients needed opiates for pain control. Hospital discharge took place on the first postoperative day in 140 patients (90.3%). First defecation without pain was reported by 118 patients (76.1%). Postoperative complications were anal bleeding (10.3%), severe pain (3.2%), urinary retention (3.9%), fever without any signs of perianal infection (1.9%), incontinence for flatus (1.9%), hemorrhoidal thrombosis (1.3%). Two patients presented symptoms of recurrent hemorrhoidal disease and were successfully treated by conventional hemorrhoidectomy. They were no cases of anal stenosis, permanent incontinence, chronic pain or deaths in this series. CONCLUSIONS: Hemorrhoidopexy can be considered a feasible and safe alternative technique to conventional hemorroidectomy for select patients.RACIONAL: A introdução por Longo em 1998, da hemorroidopexia pela técnica de grampeamento circular representou uma mudança radical no tratamento cirúrgico da doença hemorroidária, ao passo que propõe o reposicionamento da mucosa anorretal prolapsada, sem excisão do mamilo hemorroidário, cursando assim com menor dor e menor tempo de recuperação pós-operatórios. OBJETIVO: Apresentar e analisar os resultados intra e pós-operatórios obtidos durante a experiência inicial com a técnica de grampeamento circular. PACIENTES E MÉTODO: Foram incluídos 155 pacientes (67 homens) com média de idade de 39,5 anos (21-67 anos) e doença hemorroidária sintomática grau III (n = 74) e IV (n = 81), operados consecutivamente pelo método do grampeamento circular entre junho de 2000 e dezembro de 2003. Resultados e complicações pós-operatórias foram aferidos num tempo de seguimento médio de 20 meses (14-60 meses). RESULTADOS: Os principais sintomas pré-operatórios foram prolapso (96,7%) e sangramento (96,1%). O tempo operatório médio foi de 23 minutos (16-48 minutos). Houve um caso de falha do equipamento e um de impossibilidade de introdução do mesmo (paciente com cirurgia anal prévia). Hemostasia adicional com sutura foi necessária em 103 pacientes (66,5%) e a ressecção de plicomas foi realizada concomitantemente ao procedimento em 45 pacientes (29%). A analgesia pós-operatória via oral com dipirona e celecoxib foi eficiente no controle da dor em 131 pacientes (84,5%), 24 (15,5%) necessitaram de analgesia complementar, sendo que 5 pacientes receberam opióides devido a dor intensa. A maioria dos pacientes (140 - 90,3%) teve alta no primeiro dia de pós-operatório e 118 (76,1%) referiram a primeira evacuação sem dor. As complicações pós-operatórias observadas foram: sangramento (10,3%), tenesmo (3,9%), retenção urinária (3,9%), febre sem sinais infecciosos (1,9%), incontinência transitória para flatos (1,9%) e trombose hemorroidária (1,3%). Ocorreram duas recurrências sintomáticas, tratadas com sucesso por hemorroidectomia convencional. Na presente casuística não foram observados casos de estenose, dor crônica, incontinência permanente ou óbito. CONCLUSÕES: O grampeamento circular para o tratamento da doença hemorroidária é técnica segura e factível, representando uma alternativa à hemorroidectomia convencional, para casos selecionados.

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