Journal Health NPEPS (Dec 2019)

Acesso e implicações da automedicação em idosos na atenção primária à saúde

  • Islany Dynara Diogenes Silva,
  • Isaac Newton Machado Bezerra,
  • Isac Davidson Santiago Fernandes Pimenta,
  • Gerson da Silva,
  • Vivianni Barros Wanderley,
  • Vilani Medeiros de Araújo Nunes,
  • Dyego Leandro Bezerra de Souza,
  • Grasiela Piuvezam

Journal volume & issue
Vol. 4, no. 2
pp. 132 – 150

Abstract

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Objetivo: avaliar o acesso e sua interferência no processo da automedicação em idosos. Método: estudo de avaliação de serviços com corte seccional, com idosos de ambos os sexos, que utilizam os serviços da atenção primária à saúde, pertencente ao município de Natal, Rio Grande do Norte. Foram realizadas 121 entrevistas, em nove unidades básicas de saúde no ano de 2016. Os dados foram analisados a partir do teste T de Student e o teste Qui-Quadrado, para determinar a significância estatística entre as variáveis independentes e os desfechos. Resultados: a prevalência de automedicação foi de 66,7%, associada negativamente ao acesso, atributo desfavoravelmente avaliado pelos idosos (média de 3,4). A febre (19,8%) foi a principal queixa motivadora de automedicação, sendo os analgésicos, os fármacos mais utilizados na automedicação. A automedicação apresentou associação significativa entre idade e medicamento sem prescrição médica para febre e cefaleia. Conclusão: apesar de não ter encontrado associação entre acesso e automedicação, foi identificada a alta prevalência dessa prática. Assim, é necessário que haja o fortalecimento da atenção primária, por meio de políticas voltadas às necessidades dos idosos com abordagem integral e com maior acesso ao atendimento multidisciplinar e multiprofissional, e não apenas a oferta de medicamentos