Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia (Jan 2019)

REDES SOCIAIS AO LONGO DA ESTRADA DE FERRO CARAJÁS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Jorge Filipe dos Santos,
  • Maria Bernadete Maia,
  • Maria Cristina Maneschy,
  • Valente Matlaba,
  • José Aroudo Mota

DOI
https://doi.org/10.18055/Finis11783
Journal volume & issue
Vol. 53, no. 109

Abstract

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A Estrada de Ferro Carajás (EFC), de 900km, escoa os minérios do sudeste do Pará ao porto de São Luís, no Maranhão. As comunidades lindeiras têm maus indicadores sociais e carências de políticas públicas. Para conhecer a rede institucional desse território, foi entrevistada uma amostra de 17 líderes de associações comunitárias e instituições parceiras. A rede mostrou-se esparsa, com poucos elos de alta centralidade e reduzidos fluxos de fontes externas até as comunidades locais, limitando sua capacidade de articulação coletiva e de desenvolvimento. Daí, possivelmente, a eclosão de conflitos como forma de expressão. O fortalecimento de uma rede densa e diversa por parte de stakeholders locais poderá transformar o caráter de “redes de resistência” contra impactos adversos, para “redes de colaboração” no desenvolvimento sustentável.