Cadernos Cajuína (Jul 2024)

TEMPO MESSIÂNICO: O VERDADEIRO ESTADO DE EXCEÇÃO

  • Bárbara Canto

DOI
https://doi.org/10.52641/cadcajv3i1.503
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 1

Abstract

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RESUMO: A intenção deste artigo é apresentar uma concepção diferente das usuais no que tange a temática do tempo messiânico. Será tratada a definição de Estado de exceção feita pelo filósofo alemão Carl Schimitt, pois entendemos que essa definição dialoga profundamente com a questão que Benjamin trata em seus textos, dada a contemporaneidade dos dois filósofos, das questões análogas das quais se ocupavam, e, sobretudo, por conta do contexto político em que viviam e que marcou de modo muito determinante seus escritos. E, como em Schimitt não se pode falar de Estado de exceção sem falar de seus conceitos de soberania e soberano, trataremos um pouco destes também, sem, no entanto, nos aprofundarmos neles. Nossa intenção é apresentar tais conceitos e depois problematizá-los com as questões benjaminianas. Feito isso, buscaremos apresentar de que maneira Benjamin trata tais concepções e como o tema do Tempo Messiânico se encontra enraizado em sua obra, porém tendo nos concentrando nas Teses sobre Conceito de História, onde o tema do messianismo subjaz. Traremos ainda a visão de dois comentadores para enriquecer nossa pesquisa, por se tratarem de visões extremamente interessantes e contribuírem substancialmente sobre este tema. Por último tentaremos sintetizar a influência que tais comentadores deixaram em nossa pesquisa e buscaremos formular o que para nós significa o Tempo Messiânico e o porquê dele ser o verdadeiro Estado de Exceção defendido e almejado por Walter Benjamin. Seu início e consumação, no entanto, será defendido aqui de forma diferente da dos comentadores utilizados. Palavras-chave: Messianismo. Materialismo histórico. Filosofia Política. RESUMÉ: L'intention de cet article est de présenter une conception différente de celles habituelles concernant le thème du temps messianique. la définition de l'état d'exception par le philosophe allemand Carl Schmitt sera traitée, nous comprenons que cette définition des dialogues profonds avec la question que Benjamin est dans leurs textes, compte tenu de la contemporanéité des deux philosophes, des questions similaires sont occupés, et en particulier , à cause du contexte politique dans lequel ils vivaient et qui marquait de façon très déterminée leurs écrits. Et, comme dans Schmitt ne peut pas parler de l'état d'exception sans parler des concepts de souveraineté et souverain, nous traiterons certains d'entre eux aussi, sans toutefois plonger en eux. Notre intention est de présenter de tels concepts puis de les problématiser avec les questions de Benjamin. Une fois cela fait, nous chercherons à présenter comment Benjamin traite ces concepts et comme le thème du temps messianiques est enraciné dans son travail, mais ayant en se concentrant sur les thèses sur le concept d'histoire, où le thème de la base messianisme. Nous apporterons également la vision de deux commentateurs pour enrichir notre recherche, car ce sont des visions extrêmement intéressantes et contribuent largement à ce sujet. enfin essayer de synthétiser l'influence que ces commentateurs ont laissé dans nos recherches et chercher à formuler ce que nous entendons temps messianiques et pourquoi il est l'état réel d'exception défendions et poursuivi par Walter Benjamin. Son début et sa consommation, cependant, seront défendus ici différemment de celui des commentateurs utilisés. Mots-clés: Messianisme. Le matérialisme historique. Philosophie politique.

Keywords