Pubvet (Jan 2018)

Vertebrados silvestres atropelados na rodovia BR-230, Paraíba, Brasil

  • Marcela Meira ,
  • Artur da Nóbrega ,
  • Débora Vitória Fernandes de ,
  • Joyce Galvão de ,
  • João Paulo Rodrigues de ,
  • Hyldetan Ruan de Araújo ,
  • Lucas Silva ,
  • Stephenson Hallison Formiga

DOI
https://doi.org/10.22256/pubvet.v12n1a5.1-7
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 1
pp. 1 – 7

Abstract

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Os atropelamentos de animais silvestres têm recebido especial atenção dos pesquisadores nos últimos anos por se tratar da causa primária de morte em estradas. Contudo, estudos que abordem o tema ainda são escassos e, geralmente, tratam apenas de mamíferos. Diante disso, este estudo teve o objetivo de monitorar a mortalidade de animais silvestres por atropelamentos no trecho Campina Grande – Patos da BR-230 entre novembro de 2010 e novembro de 2011. Foram realizadas viagens mensais com duração média de 2h, percorrendo-se o trecho de carro. Foi comparado o número de atropelamentos no período seco e chuvoso, geral e por grupo. Os animais atropelados foram identificados até o menor nível taxonômico possível, descartando-se os animais domésticos. Foram registrados 188 espécimes de vertebrados atropelados, sendo Mammalia o mais amostrado (n=108; 57,4%). A espécie mais representativa foi Cerdocyon thous (n=87; 46,5%). O maior número de atropelamentos ocorreu no período seco. Quando comparado por grupo, porém, aves e répteis apresentaram um maior número de atropelamentos durante o período chuvoso. Cerdocyon thous, apresentou taxas de atropelamento maiores que em outros levantamentos realizados no Brasil (87 indivíduos, 46,5%), o que parece ser uma realidade local. Dentre os répteis atropelados, 70% corresponderam a espécies de serpentes, que pode estar relacionado ao deslocamento lento e necessidade de termorregulação desses animais e pelo fato de serem considerados “animais perigosos”, levando ao extermínio intencional.

Keywords