Pitágoras 500 (Oct 2013)
Não ande por aí nua em pelo
Abstract
Em As rãs, de Aristófanes, somos levados pelo comediógrafo grego às portas do Hades na companhia do deus Diôniso (disfarçado de Hércules) e de seu servo, Xântias. Mal roga para que se abra o portão do Ínfero, Diôniso é recebido aos socavões e impropérios por Áiaco, juiz dos mortos, que toma o deus pelo celerado Hércules, assassino do cão guardião Cérbero. Literalmente borrado de medo, Diôniso atocha a malfadada fantasia de Hércules em Xântias, mas quem atravessa agora o portão é uma das criadas de Perséfone, que tem a missão de receber Hércules com comida, com bebida e com a dança de jovens dançarinas depiladas. Irado com a reviravolta, Diôniso recupera a fantasia de Hércules às pressas mas, mal a veste, vê-se confrontado por taberneiras, que cruzam o portão para cobrar de Hércules, aos berros e ameaças, contas que não foram pagas.