Revista de Saúde Pública (Feb 2011)

Uso combinado de modelos de estresse no trabalho e a saúde auto-referida na enfermagem Uso combinado de modelos de estrés en el trabajo y la salud auto referida en la enfermería Combined use of job stress models and self-rated health in nursing

  • Rosane Härter Griep,
  • Lúcia Rotenberg,
  • Paul Landsbergis,
  • Paulo Roberto Vasconcellos-Silva

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000100017
Journal volume & issue
Vol. 45, no. 1
pp. 145 – 152

Abstract

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OBJETIVO: Identificar combinações de dois modelos do estresse psicossocial do trabalho em equipes de enfermagem e sua associação com a saúde auto-referida. MÉTODOS: Estudo transversal com trabalhadoras de três hospitais públicos do Município do Rio de Janeiro, RJ (N=1307). Foi aplicado questionário multidimensional que incluiu duas escalas de estresse no trabalho (modelo demanda-controle e desequilíbrio esforço-recompensa) em 2006. Foram considerados o modelo demanda e controle parcial e completo (inclui apoio social no trabalho), assim como o esforço e recompensa parcial e completo (inclui excesso de comprometimento com o trabalho). Modelos de regressão múltipla foram utilizados para estimar razões de chances ajustadas e seus respectivos intervalos com 95% de confiança. RESULTADOS: As dimensões de ambos os modelos estiveram independentemente associadas à situação de saúde, com odds ratios entre 1,70 e 3,37. O modelo parcial demanda-controle mostrou-se menos associado à saúde (OR = 1,79; IC95% 1,26;2,53) quando comparado ao de desequilíbrio esforço-recompensa (OR=2,27; IC95% 1,57;3,30). A incorporação do apoio social e do excesso de comprometimento com o trabalho aumentou a força de associação dos modelos demanda-controle e desequilíbrio esforço-recompensa, respectivamente. Foi observado aumento na força de associação quando os dois modelos parciais foram combinados. CONCLUSÕES: Os resultados indicam melhor desempenho do modelo desequilíbrio esforço-recompensa para este grupo específico e para o desfecho avaliado e vantagem do uso de modelos completos ou do uso combinado em modelos parciais.OBJETIVO: Identificar combinaciones de dos modelos de estrés psicossocial del trabajo en equipos de enfermería y su asociación con la salud auto referida. MÉTODOS: Estudio transversal con trabajadoras de tres hospitales públicos del Municipio de Rio de Janeiro, Sureste de Brasil, (N=1307). Se aplicó cuestionario multidimensional que incluyó dos escalas de estrés en el trabajo (modelo demanda-control y desequilibrio esfuerzo-recompensa) en 2006. Se consideraron el modelo demando y control parcial y completo (incluye apoyo social en el trabajo), así como el esfuerzo y recompensa parcial y completo (incluye exceso de compromiso con el trabajo). Se utilizaron modelos estadísticos múltiples para estimar razones de probabilidades ajustadas y sus respectivos intervalos con 95% de confianza. RESULTADOS: Las dimensiones de ambos modelos estuvieron independientemente asociadas con la salud autoreferida, con odds ratios entre 1,70 y 3,37. El modelo parcial demanda-control se mostró menos asociado a la salud (OR=1,79; IC 95% 1,26;2,53) al compararlo con el desequilibrio esfuerzo-recompensa (OR=2,27; IC 95% 1,57;3,30). La incorporación del apoyo social y del exceso de compromiso con el trabajo aumentó la fuerza de asociación de los modelos demanda-control y desequilibrio esfuerzo-recompensa, respectivamente. Se observó aumento en la fuerza de asociación al combinarse los dos modelos parciales. CONCLUSIONES: Los resultados indican mejor desempeño del modelo desequilibrio esfuerzo-recompensa para este grupo específico y para el resultado evaluado y ventaja en el uso de modelos completos o del uso combinado en modelos parciales.OBJECTIVE: To identify combinations of two models of psychosocial stress at work among nursing teams and their associations with self-rated health. METHODS: This was a cross-sectional study among workers at three public hospitals in the municipality of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil (N = 1307). In 2006, a multidimensional questionnaire including two scales for measuring stress at work (demand-control and effort-reward imbalance models) was administered. Partial and complete (including social support at work) demand-control models were considered, along with partial and complete (including excessive commitment to work) effort-reward models. Multiple logistic regression models were used to estimate adjusted odds ratios and their respective 95% confidence intervals. RESULTS: The dimensions of both models were independently associated with self-rated health, with odds ratios between 1.70 and 3.37. The partial demand-control model was less associated with health (OR = 1.79; 95%CI 1.26;2.53) than was the partial effort-reward imbalance model (OR = 2.27; 95%CI 1.57;3.30). Incorporation of social support and excessive commitment to work increased the strength of the demand-control and effort-reward imbalance models, respectively. Increased strength of association was observed when the two partial models were combined. CONCLUSIONS: The results indicate that the effort-reward imbalance model performed better for this specific group and for the outcome evaluated, and that there was an advantage in using complete models or combinations of partial models.

Keywords