Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Sep 2013)

Angina instável não aumenta mortalidade em cirurgia de revascularização miocárdica

  • Carolina Pelzer Sussenbach,
  • João Carlos Guaragna,
  • Rômulo Soares Castagnino,
  • Jaqueline Piccoli,
  • Luciano Cabral Albuquerque,
  • Marco Antônio Goldani,
  • João Batista Petracco,
  • Luiz Carlos Bodanese

DOI
https://doi.org/10.5935/1678-9741.20130060
Journal volume & issue
Vol. 28, no. 3
pp. 391 – 400

Abstract

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INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização do miocárdio muitas vezes é o tratamento de escolha de pacientes que sofrem angina instável. Não sabemos se essa condição acresce morbimortalidade nesse cenário. OBJETIVO: Comparar os desfechos dos pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio com quadro de angina instável com os pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio que não apresentaram angina instável. MÉTODOS: Coorte retrospectiva. A angina instável foi definida como síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento de ST e sem alteração enzimática e/ou angina classe IV. RESULTADOS: No período entre fevereiro de 1996 a julho de 2010, de 2.818 a cirurgia de revascularização do miocárdio isoladas realizadas, 1.016 (36,1%) pacientes apresentaram angina instável. A análise multivariada demonstrou que os pacientes com angina instável no pré-operatório utilizaram mais medicações como ácido acetilsalicílico, betabloqueador, heparina (anticoagulação plena), nitrato e menor necessidade de diureticoterapia, do que pacientes sem angina instável. Pacientes com angina instável utilizaram maior monitorização com Swan-Ganz e suporte com balão intra-aórtico do que os pacientes estáveis. Sobre os desfechos, necessitaram de maior tempo de internação (P=0,030) e apresentaram menor taxa de óbito (P=0,018) no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio isolada. CONCLUSÃO: Submeter pacientes a cirurgia de revascularização do miocárdio isolada na vigência de síndrome coronariana aguda como angina instável não elevou a taxa de mortalidade.

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