Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Oct 2022)

Mapeamento da produção diagnóstica em hepatites virais (hepatite C) no Brasil

  • Paola de Souza Marinheiro,
  • Ana Paula Casagrande D. Oliveira,
  • Graziela Dalla Rosa Bernardino

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2017.v2.n2.p.28-32
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 2

Abstract

Read online

Objetivo: Mapear indicadores de hepatite C no Brasil, confrontando dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e estimando desempenho no diagnóstico e assistência ao tratamento de hepatite por regiões do Brasil. Método: As fontes públicas oficiais foram utilizadas para o levantamento de dados de 2010 a 2014. Para obtenção de informações sociodemográficas e produção de saúde, as bases do IBGE e DATASUS foram utilizadas, respectivamente. Resultados/Discussão: Observou-se que o crescimento demográfico ocorreu em todas as regiões de ano a ano, porém foi maior no Norte e Centro-Oeste, refletindo um novo cenário econômico. O primeiro passo na diagnose da hepatite C é a sorologia. Observou-se que ela é uniformemente distribuída em todas as regiões. E cresce todo ano, com destaque no Centro-Oeste, mas também Sudeste e Sul. O exame PCR qualitativo tornou-se obsoleto a partir da oferta maior de métodos quantitativos, em especial do Real Time PCR, que cobriu a lacuna do quantitativo, com vantagens. O PCR quantitativo, por sua vez, teve um crescimento exponencial no Sul e Sudeste, e se manteve em elevada utilização. Conclusão: a melhor estratégia para fortalecer o acesso às terapias e a eliminação da hepatite C é distinta para cada região. Para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, identificou-se a necessidade de uma melhor organização de serviços assistenciais, incluindo mais médicos treinados para o manejo da hepatite C. Para todas as regiões a oferta de metodologia não invasiva para diagnose seria uma ferramenta essencial para ampliar e qualificar a assistência à hepatite C.

Keywords