Brazilian Journal of Psychiatry (May 2006)

Autismo: intervenções psicoeducacionais Autism: psychoeducational intervention

  • Cleonice Alves Bosa

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462006000500007
Journal volume & issue
Vol. 28
pp. s47 – s53

Abstract

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Há um crescente reconhecimento sobre a importância do tratamento do autismo envolver tanto as necessidades da criança como as da família. No entanto, há controvérsias sobre qual intervenção seria a mais apropriada. Neste artigo, revisaremos a literatura recente sobre as diferentes intervenções que têm sido utilizadas no tratamento do autismo, com ênfase naquelas que possuem base empírica. Não pretendemos discutir em detalhe nenhuma intervenção em particular, mas apresentar uma visão geral sobre os aspectos positivos e as limitações de diferentes intervenções. Concluímos que não há uma abordagem única que seja totalmente eficaz para todas as crianças durante todo o tempo. Ao contrário, argumentamos que as famílias modificam suas expectativas e valores com relação ao tratamento de seus filhos de acordo com a fase de desenvolvimento da criança e do contexto familiar. Em outras palavras, um tipo específico de intervenção pode funcionar bem por certo período (e.g., nos anos anteriores à escolarização) e não funcionar tão bem nos anos subseqüentes (e.g., adolescência). Finalmente, enfatiza-se a importância do diagnóstico e tratamento precoces do autismo.There is increasing recognition about the importance of taking into account both child and family needs when treating autism. However it has been a major debate about what intervention is the most appropriate. In this paper we will review the current literature on the different interventions that have been used in the treatment of autism with special attention to those that are empirically based. It is not our objective to discuss in detail any particular intervention. We intend to present an overview of both positive aspects and limitations of different interventions. The conclusion is that there is no single approach that is totally effective for all children the whole time. Instead, it is argued that families change their expectation and values regarding their children's treatment according to the child's development and the family context. In other words, a specific intervention that may work well in a certain period of time (e.g. pre-school years) may not work so well in the following years (e.g. adolescence). Finally the importance of early identification and treatment of autism is stressed.

Keywords