Saberes Plurais (Oct 2024)

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS E RISCO FAMILIAR EM ADULTOS EM ACOMPANHAMENTO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE EM PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL

  • Andressa Amaral Dariva,
  • Natália Miranda Jung,
  • Viviane Pessi Feldens,
  • Daniele Botelho Vinholes

DOI
https://doi.org/10.54909/sp.v8i2.141371
Journal volume & issue
Vol. 8, no. 2
pp. e141371 – e141371

Abstract

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Objetivo: Estimar a prevalência de sintomas depressivos e risco familiar em Unidade de Saúde (US) do sul do Brasil, identificando fatores associados aos desfechos de interesse. Metodologia: Estudo transversal realizado com adultos em acompanhamento na US Conceição em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 2020. A coleta de dados envolveu a aplicação de questionário sociodemográfico, aferição de medidas antropométricas, avaliação de sintomas depressivos pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI) e a Escala de Risco Familiar (ERF). A comparação das médias dos escores do BDI e ERF em relação às demais variáveis foi realizada pelo teste t de Student ou ANOVA e a Regressão de Poisson foi utilizada para análises multivariadas. Resultados: Foram incluídos 98 participantes com média (± desvio-padrão) de idade de 42,8 ± 11,9 anos, predominantemente do sexo feminino (83,7%) e de raça/cor branca (84,7%). A prevalência de sintomas depressivos clinicamente relevantes na amostra foi de 55,1% e 31,6% dos participantes apresentaram algum grau de risco familiar. Participantes com histórico familiar de depressão apresentaram maior média (± desvio-padrão) no escore BDI em comparação ao grupo sem histórico familiar de depressão (18,5 ± 9,1 vs 9,2 ± 8,4; p ≤ 0,001). Na análise multivariada, a prevalência de depressão foi 1,55 vezes maior em indivíduos com histórico familiar de depressão em relação aos participantes sem histórico familiar de depressão (IC95%, 1,27 - 1,91; p ≤ 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias da ERF das variáveis sociodemográficas avaliadas e entre as médias das medidas antropométricas dos grupos com e sem sintomas depressivos. Conclusão: A alta prevalência de sintomas depressivos na população estudada e sua forte associação com histórico familiar sugerem que a investigação rotineira do histórico familiar possa ser uma medida simples e eficiente para a identificação de indivíduos com risco de depressão no contexto da Atenção Primária à Saúde.

Keywords