Revista CEFAC (Apr 2011)
Fatores de risco na gagueira desenvolvimental familial e isolada Risk factors in the familial and sporadic developmental stuttering
Abstract
OBJETIVO: investigar e comparar os achados dos fatores de risco para a cronicidade da gagueira em crianças com gagueira desenvolvimental familial e isolada. MÉTODOS: participaram 60 crianças de ambos os gêneros, divididas em dois grupos: GI - 30 crianças com gagueira desenvolvimental familial; GII - 30 crianças com gagueira desenvolvimental isolada. A coleta de dados foi realizada por meio do Protocolo de Risco para a Gagueira do Desenvolvimento - PRGD (Andrade, 2006), que considera os seguintes fatores de risco: idade, gênero, tipo de surgimento e tempo de duração das disfluências, tipologia das disfluências, fatores comunicativos e qualitativos associados, histórico mórbido pré, peri e pós natal, fatores estressantes que ocorreram próximo ao surgimento do distúrbio, histórico familial, reação pessoal, familiar e social e atitudes familiares. RESULTADOS: quando o grupo I (GI) foi comparado com o grupo II (GII), a única diferença estatisticamente significante foi com relação aos fatores estressantes que ocorreram próximo ao surgimento do distúrbio. CONCLUSÃO: os resultados confirmam a natureza complexa da gagueira, bem como a necessidade de se investigar os vários fatores considerados como de risco para o distúrbio, com intuito de melhorar a compreensão de suas possíveis etiologias.PURPOSE: to investigate and compare the risk factors for stuttering between children with familial developmental stuttering and children with sporadic developmental stuttering. METHODS: 60 children of both genders with stuttering took part, divided in two groups: GI - 30 children with familial developmental stuttering; GII - 30 children with sporadic developmental stuttering. Data were gathered through the Protocol of Risk for the Developmental Stuttering - PRGD (Andrade, 2006), which considers the following factors: age; gender; manner of onset and time of duration for the disfluencies; typology of the disfluencies; associated communicative and qualitative factors; physical and emotional stress; family history concerning stuttering; personal, familiar and social reaction, and familiar attitudes. RESULTS: when Group I (GI) was compared to Group II (GII), the only statically difference was related to emotional stress that occurred near the onset of the disorder. CONCLUSION: the results confirm the complexity of stuttering, as well as the need for investigating the risk factors for this disorder in order to improve the understanding of its possible etiologies.