Revista de Saúde Pública (Feb 2010)
Socioeconomic inequities in the health and nutrition of children in low/middle income countries Inequidades sociales en la salud y nutrición de niños en países de renta baja y media Iniqüidades sociais na saúde e nutrição de crianças em países de renda baixa e média
Abstract
OBJECTIVE: To describe the effects of social inequities on the health and nutrition of children in low and middle income countries. METHODS: We reviewed existing data on socioeconomic disparities within-countries relative to the use of services, nutritional status, morbidity, and mortality. A conceptual framework including five major hierarchical categories affecting inequities was adopted: socioeconomic context and position, differential exposure, differential vulnerability, differential health outcomes, and differential consequences. The search of the PubMed database since 1990 identified 244 articles related to the theme. Results were also analyzed from almost 100 recent national surveys, including Demographic Health Surveys and the UNICEF Multiple Indicator Cluster Surveys. RESULTS: Children from poor families are more likely, relative to those from better-off families, to be exposed to pathogenic agents; once they are exposed, they are more likely to become ill because of their lower resistance and lower coverage with preventive interventions. Once they become ill, they are less likely to have access to health services and the quality of these services is likely to be lower, with less access to life-saving treatments. As a consequence, children from poor family have higher mortality rates and are more likely to be undernourished. CONCLUSIONS: Except for child obesity and inadequate breastfeeding practices, all the other adverse conditions analyzed were more prevalent in children from less well-off families. Careful documentation of the multiple levels of determination of socioeconomic inequities in child health is essential for understanding the nature of this problem and for establishing interventions that can reduce these differences.OBJETIVO: Describir el efecto de las iniquidades sociales sobre la nutrición y salud de niños de países de renta baja y media. MÉTODOS: Fueron revisadas informaciones disponibles sobre disparidades socioeconómicas intra-países, relativas al uso de servicios de salud, estado nutricional, morbilidad y mortalidad. Se adoptó un modelo conceptual con cinco categorías jerárquicas en la producción de inequidades: contexto y posición socioeconómica, diferencias en la exposición, en la vulnerabilidad, en los hechos de salud y en las consecuencias. En investigación realizada en la base PubMed, en el período de 1990-2007 fueron encontrados 244 artículos relacionados al tema. Fueron también analizados los resultados de cerca de 100 pesquisas de ámbito nacional recientes, incluyendo Pesquisas Nacionales de Demografía y Salud y Pesquisas por Conglomerados de Múltiples Indicadores, del Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia. RESULTADOS: Niños de familias pobres, en comparación con aquellas de familias más ricas, son más susceptibles a la exposición a agentes patogénicos; una vez expuestas, tienen un riesgo aumentado de enfermar, debido a su menor resistencia y menor cobertura de medidas preventivas. Una vez que se toman enfermos, tienen menor acceso a servicios de salud, la calidad de los servicios que logran utilizar tiende a ser inferior, con menor acceso a tratamientos médicos que garanticen su sobrevivencia. Como consecuencia, niños de familias más pobres presentan mayores tasas de mortalidad y mayor riesgo de ser subnutridas. CONCLUSIONES: Excepto obesidad infantil y prácticas inadecuadas de amamantamiento, todas las otras condiciones adversas analizadas tuvieron mayor prevalencia entre los niños de familias menos favorecidas. La documentación cuidadosa de los múltiples niveles de determinantes de las inequidades socioeconómicas en salud infantil es esencial para el entendimiento de la naturaleza del problema, y para el establecimiento de intervenciones que puedan reducir estas diferencias.OBJETIVO: Descrever o efeito das iniqüidades sociais sobre a nutrição e saúde de crianças de países de renda baixa e média. MÉTODOS: Foram revisadas informações disponíveis sobre disparidades socioeconômicas intra-países, relativas a uso de serviços de saúde, estado nutricional, morbidade e mortalidade. Adotou-se um modelo conceitual com cinco categorias hierárquicas na produção de iniqüidades: contexto e posição socioeconômica, diferenças na exposição, na vulnerabilidade, nos desfechos de saúde e nas conseqüências. Em pesquisa realizada na base PubMed, no período de 1990-2007 foram encontrados 244 artigos relacionados ao tema. Foram também analisados os resultados de cerca de 100 inquéritos de âmbito nacional recentes, incluindo Pesquisas Nacionais de Demografia e Saúde e Inquéritos por Conglomerados de Múltiplos Indicadores, do Fundo das Nações Unidas para a Infância. RESULTADOS: Crianças de famílias pobres, em comparação com aquelas de famílias mais ricas, são mais suscetíveis à exposição a agentes patogênicos; uma vez expostas, têm um risco aumentado de adoecer, devido à sua menor resistência e menor cobertura de medidas preventivas. Uma vez que se tornam doentes, têm menor acesso a serviços de saúde, a qualidade dos serviços que logram utilizar tende a ser inferior, com menor acesso a tratamentos médicos que garantam sua sobrevivência. Como conseqüência, crianças de famílias mais pobres apresentam maiores taxas de mortalidade e maior risco de serem subnutridas. CONCLUSÕES: Exceto obesidade infantil e práticas inadequadas de aleitamento materno, todas as outras condições adversas analisadas tiveram maior prevalência entre as crianças de famílias menos favorecidas. A documentação cuidadosa dos múltiplos níveis de determinantes das iniqüidades socioeconômicas em saúde infantil é essencial para o entendimento da natureza do problema, e para o estabelecimento de intervenções que possam reduzir estas diferenças.
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