TradTerm (Dec 2000)

Translating into Scots

  • John Corbett

Journal volume & issue
Vol. 6

Abstract

Read online

Este artigo faz um breve levantamento da história da tradução literária para Scots, uma variedade de língua relacionada ao inglês, mas ao mesmo tempo distinta. Esse levantamento começa com o desenvolvimento do Scots como meio literário no fim da Idade Média. A versão de Gavin Douglas da Eneida, em Scots do século XVI, foi por muitos anos a única versão do texto completo disponível para leitores de inglês ou Scots; sua reputação permanece inalterada até hoje. No entanto, a tradução para Scots não desapareceu quando a Escócia foi unificada politicamente com a Inglaterra. Ao contrário, ela sobreviveu como meio de afirmação de uma identidade nacional distinta, primeiramente dentro do quadro da união britânica e, posteriormente, em oposição a ela. Por exemplo, no século XVIII, as inúmeras traduções de Horácio para Scots constroem uma imagem idílica da Escócia, clássica e não metropolitana; enquanto algumas traduções do século XX buscam antes alianças culturais alternativas, não com a Inglaterra pós-imperial, mas com a Rússia revolucionária e, mais recentemente, com culturas pós-coloniais. O artigo demonstra claramente que a tradução para Scots tem sido sempre um ato político e visível, intimamente ligado às diferentes construções da identidade escocesa.

Keywords