Revista Brasileira de Educação Médica (Jun 2020)

O EnsIno da Saúde Coletiva e a Escola Médica em Mudança: Um Estudo de Caso

  • Maria Alice A. Garcia,
  • Regina Célia N. Gomes,
  • Ana Carolina Z. Sacornan,
  • Katia Cristina Costa,
  • Sabrina Rahal

DOI
https://doi.org/10.1590/1981-5271v28.1-005
Journal volume & issue
Vol. 28, no. 1
pp. 30 – 37

Abstract

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Resumo: Este trabalho analisa a inserção da Saúde Coletiva, na graduação em medicina, enfocando a reforma em pauta na PUC Campinas. Ele relata esta reforma e, de modo mais detalhado, o processo ensino-aprendizagem junto à disciplina 'Saúde da Comunidade: as situações de saúde' ministrada durante o primeiro ano do curso. As novas Diretrizes Curriculares exigem mudanças estruturais dos projetos pedagógicos, no sentido de gerar perfis profissionais mais adequados ao sistema de saúde e estratégias de aprendizagem ativa que fortalecem a articulação do ensino com o trabalho em diferentes cenários. São enfatizados nestas diretrizes inúmeros conteúdos e práticas da Saúde Coletiva, tais como: a incorporação do enfoque epidemiológico na compreensão dos determinantes sociais, culturais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais do processo saúde-doença; a qualificação para atuação na proteção, promoção, prevenção, tratamento e reabilitação; o acompanhamento do processo de morrer, conhecimentos para lidar criticamente com a dinâmica do mercado de trabalho e com as políticas de saúde; disposição para atuar em atividades de política e de planejamento; e a inserção precoce e contínua na comunidade e em todos os níveis dos serviços, sendo uma das cinco áreas do estágio curricular obrigatório. A educação, estando integrada ao campo da Saúde Coletiva, lhe comfere responsabilidades éticas e um caráter eminentemente formador e problematizador do "ser médico” de uma ciência de cuidado da vida.

Keywords