Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (Jan 2024)

Associação entre práticas alimentares, fatores associados e dano no DNA em crianças

  • Paula Andressa Fischer,
  • Patrí­cia Molz,
  • Maiara de Queiroz Fischer,
  • Silvia Isabel Rech Franke

Journal volume & issue
Vol. 18, no. 112
pp. 42 – 51

Abstract

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Introdução e objetivo: O aleitamento materno exclusivo (AME) e a alimentação complementar adequada destacam-se entre as práticas alimentares para a promoção da saúde materno-infantil. Desta forma, este estudo avaliou a relação entre práticas alimentares, estado nutricional infantil e gestacional, escolaridade materna e dano no DNA em crianças de um município do interior do sul do Brasil. Materiais e métodos: Estudo transversal, realizado com de crianças com idade entre 6 e 24 meses atendidas em uma Estratégia de Saúde da Família do município de Passo do Sobrado/RS. Analisou-se a alimentação e o nível de dano no DNA da criança. Também, classificou-se o estado nutricional da criança e gestacional da mãe, bem como a escolaridade materna. Resultados: Das 31 crianças avaliadas, verificou-se baixa prevalência de AME (29%), que se associou com a introdução precoce de papa salgada (p=0,002) e alimentos fontes de açúcares (p=0,017). Apesar de 58,1% das crianças apresentarem risco de sobrepeso e sobrepeso/obesidade, não houve associação com o tempo de AME (p=0,735). Ainda, verificou-se que 45,2% das mães apresentaram sobrepeso e obesidade para a idade gestacional, que não se associou com o estado nutricional atual das crianças (p=0,235). Quanto ao dano no DNA, observou-se uma frequência de células com micronúcleos significativamente maior (p=0,024) nas crianças que receberam AME entre 2-3 meses em relação ao AME até o sexto mês. Conclusão: Houve prevalência da prática de AME até seis meses de idade, o que foi associado à introdução precoce de alimentos e elevado consumo de alimentos não recomendados nesta faixa etária, bem como com danos no DNA.

Keywords