Brazilian Journal of Transplantation (Jun 2024)

Qualidade de Vida Tardia em Receptores de Transplante Renal

  • Renata Namie Yoshioka Kimura,
  • Pedro Henrique Haisi Amaral Camargo,
  • Paulo Eduardo Dietrich Jaworski

Journal volume & issue
Vol. 27

Abstract

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Introdução: Com o aumento da expectativa de vida, houve também crescimento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como a doença renal crônica (DRC). O tratamento de escolha da DRC terminal é o transplante renal (TR), via doador vivo (DV) ou falecido (DF). São escassos os dados na literatura sobre a qualidade de vida (QV) em pacientes transplantados e a correlação com a origem do enxerto. Objetivos: Analisar a QV em pacientes submetidos a TR antes de 2012, no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Métodos: Este é um estudo transversal observacional. Foram selecionados pacientes submetidos a TR até 2012, sendo a amostra composta por 24 pacientes do sexo feminino (61,5% de DF) e 19 do sexo masculino (38,5% de DF). Foi aplicado o questionário Short Form-36 (SF-36). Os dados foram tabulados em Excel® e analisados estatisticamente. Resultados: Pacientes com DF apresentaram 39 meses excedentes de diálise (p = 0,017) e maiores níveis iniciais medianos de creatinina do que o grupo de DV (D1: p = 0,001, D3 e D7: p < 0,001), com maior decaimento mensal nos 8 anos de TR (p < 0,001) e menores níveis de creatinina nos 7º (p = 0,008) e 8º anos (p = 0,037). Com relação ao questionário SF-36, o único domínio estatisticamente significante foi “saúde mental”, melhor no grupo de DF (p = 0,008). Conclusão: A QV de pacientes transplantados por DV e DF não apresentou diferença significativa, exceto em saúde mental, que foi melhor em DF. Os achados de creatinina foram melhores nos 7º e 8º anos em DF, com taxas maiores na 1ª semana pós-TR, apontando decaimento temporal no grupo de DF.

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