Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Dec 2007)

The dethronement of income as a cause of health: an essay O destronamento da renda como causa da saúde: um ensaio

  • Philip Musgrove

DOI
https://doi.org/10.1590/S1519-38292007000400014
Journal volume & issue
Vol. 7, no. 4
pp. 461 – 466

Abstract

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Income, whether of nations, groups or individuals, appears in many analyses to have a strong relation to health status and even to be the principal explanatory variable for health differences. Poor people tend to be sicker than average, and sick people tend also to be poorer than average. Of course, income is needed to buy the goods and services that contribute to protecting and improving health, but its importance has been overstated. Cross-sectional relations that ignore history exaggerate how much income matters for health. Income is "dethroned" as the king of explanations by four lines of evidence: (1) distribution matters more than totals or averages, and the distribution of financial protection through insurance, rather than the distribution of income, is particularly crucial; (2) historically, income growth by itself contributed little to health improvements; (3) it matters more, how rapidly and thoroughly people and nations adopt sound health interventions; and (4) some recent changes in lifestyle (diet and physical activity) that accompany income growth actually worsen health. These causes are especially relevant for infant and child health, somewhat less so for maternal health. The less important income is, the easier it is to improve health; so it is good news that countries and people need to escape from poverty, but they don't have to be rich to be healthy.Renda, tanto de nações, grupos ou indivíduos, aparece em muitas análises como fortemente relacionada ao estado de saúde, além de ser a variável explanatória principal para a análise das diferenças em saúde. Pessoas pobres tendem a ser mais doentes que a média e pessoas doentes tendem a ser mais pobres do que a média. Certamente a renda é necessária para a compra de bens e serviços que contribuem para a promoção e melhoria da saúde, porém sua importância tem sido exagerada. Análises transversais que ignoram a história comentam exageros no quanto a renda é importante para a saúde. A renda é "destronada" como rainha das explicações em quatro linhas de evidências: (1) a distribuição da renda importa mais do que os totais ou médias e a distribuição da proteção financeira por meio da seguridade, melhor que a distribuição da renda, é particularmente crucial; (2) historicamente, o crescimento da própria renda contribui pouco para melhorias na saúde; (3) importa mais quão rápida e completamente populações e nações adotam intervenções de saúde adequadas e (4) algumas mudanças recentes do estilo de vida (dieta e atividade física) que acompanham o crescimento da renda realmente agravam a saúde. Essas causas são especialmente relevantes para a saúde infantil e da criança um pouco menos para a saúde materna. Quanto menos importante a renda é, mais fácil será a melhoria das condições de saúde. É uma boa notícia saber que países e povos necessitam fugir da pobreza, mas não necessitam ser ricos para serem saudáveis.