Gazeta Médica (Dec 2019)

Disfunção Erétil Após Prostatectomia Radical

  • João Vasco Barreira,
  • Gil Falcão,
  • Anuraj Parmanande,
  • Francisco Fernandes,
  • Nuno Louro

DOI
https://doi.org/10.29315/gm.v6i4.280
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 4

Abstract

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A disfunção erétil (DE) é uma complicação bem conhecida decorrente de cirurgias pélvicas. A procura de ótima qualidade de vida pós-operatória tem sido cada vez mais importante e a DE pode ter um profundo efeito nesta. A incidência do cancro da próstata continua a aumentar, o diagnóstico tende a ser feito em estádios mais precoces de doença, e um maior número de homens acaba por ser submetido a terapêuticas com intenção curativa, nomeadamente a prostatectomia radical (PR). A patofisiologia da DE pós PR envolve três fatores major: lesão neural, lesão vascular e danos no músculo liso corporal. Consequentemente, a recuperação da função erétil (FE) está dependente do grau e reversibilidade dessas lesões. Concomitantemente ao acentuado avanço cirúrgico, também o tratamento da DE mudou drasticamente ao longo dos anos. O conceito de reabilitação peniana precoce após PR ocorreu na década de 1990. A profilaxia farmacológica com fármacos orais ou intracavernosos, bem como o uso de outros dispositivos, podem ter um papel crescente nas estratégias terapêuticas que visem a preservaçã o da FE pós-operatória. Novos desenvolvimentos baseados em pressupostos interessantes requerem estudo a longo prazo. Focar a atenção sobre esta temática permitirá conhecer as vantagens das diversas opções terapêuticas, bem como uma sistematização dos conhecimentos nesta área e consequente contributo para uma melhor prática clínica.

Keywords