Olhar de Professor (Feb 2019)

FORTALEZAS E DESAFIOS DE UM PROGRAMA UNIVERSITÁRIO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA O ENVELHECIMENTO

  • Jordelina Schier,
  • Flora Moritz da Silva

DOI
https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.19i2.0009
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 2

Abstract

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Objetiva refletir sobre as fortalezas e desafios de um programa universitário de educação permanente para o envelhecimento no sul do país. Utilizou-se a pesquisa documental e bibliográfica para identificar a história do Programa, referencial teórico e metodológico e ações de educação permanente desenvolvidas com idosos da comunidade. O Programa, desde 1982, consolida-se por meio da participação proativa de professores e idosos nas atividades oferecidas e nas lutas e conquistas acerca da velhice. Considerado um dos maiores Programas de extensão da Universidade, ofereceu mais de 1500 vagas em 2015, com ampla diversidade de atividades, norteado pelo referencial teórico da educação participativa e permanente. Refletiu-se que os principais pontos fortes são: resgate da autoestima dos participantes, valorização do conhecimento das pessoas, construção participativa, clareza do referencial, formação de agentes multiplicadores do conhecimento, prática indissociável do ensino, pesquisa e extensão, e o potencial para trabalhar com idosos numa universidade que assume seu compromisso social. A dependência de voluntários é uma fortaleza do programa, e um desafio para a gestão. Os maiores desafios estão atrelados a conquista dos espaços institucionais e a autonomia de recursos. A inexistência de uma política específica de estruturação da educação gerontológica em universidades desafia a autonomia administrativa. Conclui-se que as fortalezas do Programa superam seus desafios, e que o mesmo vem cumprindo sua função nos âmbitos educacional, social e político, sendo promotor e difusor de inovações sociais.