Griot: Revista de Filosofia (Jun 2025)

Filosofia e existência: mobilidades contrarruinantes da vida

  • Isadora Franco

DOI
https://doi.org/10.31977/grirfi.v25i2.5350
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 2

Abstract

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O objetivo deste artigo é descrever o percurso traçado por Heidegger em dois textos de 1922, são eles, respectivamente, Informe Natorp e Interpretações sobre Aristóteles: introdução à pesquisa fenomenológica, para conceber a filosofia como uma mobilidade fundamental contrarruinante da vida. Para isso, analisamos alguns conceitos principais que são tematizados em ambos escritos, como o conceito de vida, cuidado, a queda (Abfall) e a ruinância (Ruinanz), a fim de preparar o terreno para a definição de filosofia que já tinha a ontologia fundamental como horizonte. Neste sentido, se mostra fundamental discutir a relação entre facticidade e existência para compreender que a filosofia é um movimento análogo à própria existência. Heidegger pretende com seu projeto renovar o sentido de ontologia e também de filosofia, a situando em seu contexto prático e imediato e renovando o ponto de partida do fazer filosófico, que não menospreza o debate sobre o fundamento e muito menos a dimensão concreta da vida.

Keywords