Brazilian Journal of Biology (Feb 2013)
Herpetogramma bipunctalis (Lepidoptera: Crambidae) biology and techniques for rearing on leaves of the blackberry (Rubus spp., Rosaceae) Biologia e técnica de criação de Herpetogramma bipunctalis (Lepidoptera: Crambidae) em folhas de amoreira-preta (Rubus spp., Rosaceae)
Abstract
The larvae of the southern beet webworm Herpetogramma bipunctalis (Fabricius, 1794) damage the leaves of species in the plant genus Rubus. The present study investigated the biology of H. bipunctalis and developed a protocol for raising H. bipunctalis under laboratory conditions. On the basis of the biological data, we devised a life table. In order to develop the rearing procedures, we determined which oviposition substrate and blackberry cultivar were the most appropriate for larval development. The mean durations of the egg, larval, and pupal stages were 5.59 days, 26.37 days, and 13.37 days, respectively, and the corresponding survival rates were 80.83%, 49.07%, and 83.23%. The mean pupal weight was 0.0491 g for males and 0.0536 g for females. The mean life cycle (egg-to-adult) period was 45.33 days, and overall survival to adulthood was 33.01%. H. bipunctalis females laid a mean of 252.63 eggs over a mean of 13.60 days of oviposition; the mean pre-oviposition period was 2.67 days. Mean female and male life spans were 17.51 and 19.25 days, respectively, and the sex ratio was 0.51. The life-table data indicated that H. bipunctalis can reproduce 57.9 times per generation. Each cage contained one blackberry leaf placed on a paper towel. This method allowed us to obtain the greatest number of eggs. The larval stage was shorter for insects reared on leaves of the Guarani cultivar than for those reared on leaves of the Xavante cultivar (22.63 vs. 26.37 days). These basic data can aid in establishing strategies for the management of H. bipunctalis on blackberry farms.Lagartas de Herpetogramma bipunctalis (Fabricius, 1794) causam danos nas folhas da amoreira-preta (Rubus spp.). O objetivo deste trabalho foi estudar sua biologia e desenvolver uma técnica de criação, em condições de laboratório. Com os dados de biologia, foi elaborada uma tabela de vida de fertilidade. Para o estudo da técnica de criação, foram determinados o substrato para obtenção de ovos e a cultivar de amoreira-preta mais adequada para o desenvolvimento larval. A duração dos estágios de ovo, lagarta e pupa foram de 5,59, 26,37 e 13,37 dias, com sobrevivência de 80,83, 49,07 e 83,23%, respectivamente. O peso das pupas foi 0,0491 g para machos e 0,0536 g para fêmeas. O ciclo biológico (ovo-adulto) foi de 45,33 dias, com sobrevivência total de 33,01%. As fêmeas colocaram, em média, 252,63 ovos durante 13,60 dias, com um período de pré-oviposição de 2,67 dias. A longevidade média de fêmeas e machos foi de 17,51 e 19,25 dias, respectivamente, e a razão sexual, de 0,51. Por meio da tabela de vida de fertilidade, determinou-se uma capacidade de aumento de 57,9 vezes a cada geração. Gaiolas revestidas com papel toalha e com a presença de folhas de amoreira-preta propiciaram a obtenção de uma maior quantidade de ovos. A duração do estágio larval para os insetos alimentados com folhas de amoreira-preta cv. Guarani (22,63 dias) foi menor do que aqueles alimentados com folhas da cv. Xavante (26,37 dias). Estas informações são básicas e auxiliarão em futuros estudos, visando ao estabelecimento de estratégias de manejo de H. bipunctalis em amoreira-preta.