A torção esplênica primária ocorre por fatores congênitos ou traumáticos. Atinge uma pequena quantidade de animais, geralmente cães de grande porte e de peito profundo. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de torção esplênica primária em uma cadela da raça Labrador Retriever de doze anos de idade. O animal apresentou dor e aumento abdominal, apatia, hipertermia e hiporexia. Após a realização dos exames laboratoriais e ultrassonografia abdominal total, foi possível diagnosticar a torção esplênica e o animal foi encaminhado para procedimento cirúrgico de emergência. A torção foi confirmada durante a laparotomia exploratória e foi realizada a esplenectomia. O animal foi à óbito no pós-cirúrgico imediato, porém observou-se a eficácia do exame ultrassonográfico para a detecção de torção esplênica.