Revista Brasileira de Linguística Aplicada (Jan 2010)
Paying the rent: languaging particularity and novelty Pagando o aluguel: particularidade e originalidade no uso da linguagem
Abstract
Issues of plagiarism and originality have been revivified by the internet in two distinct ways. First, the internet has provided new resources for both school learning and school cheating - raising values of individual responsibility, academic integrity and institutional policing. Second, the internet has heightened the tension between intellectual property and the cultural commons - raising values of economic reward and ownership versus those of cultural heritage, communal creativity, and critical comment. A Bakhtinian way of sorting through these two important sets of issues, without conflating the distinct sets of concerns, is to recognize how deeply we are always embedded in the language of others, using and responding to utterances that proceeded ours, while also recognizing the supplement of originality, freshness, or situational specificity expected in particular tasks. When we analyze academic and other situations from this perspective we find that the expected reliance on the cultural commons and the expected supplement varies from task to task, and a procedure which is considered cheating or a failure of originality in one situation is expected and appropriate in another. In educational settings we would do well to identify with greater specificity how students should use the cultural commons in each task and the specific forms of fresh or novel work we also expect them to accomplish. We should then calibrate our identification of plagiaristic cheating in relation to the specific expected originality appropriate to the task.Problemas de plágio e originalidade têm sido reavivados pela internet de duas formas distintas. Primeiro, a internet tem proporcionado novos recursos tanto no âmbito da aprendizagem quanto no âmbito da fraude escolar _ trazendo à tona valores de responsabilidade individual, de integridade acadêmica e de políticas institucionais. Segundo, a internet tem aumentado a tensão entre a propriedade intelectual e cultural do que é comum _ elevando os valores da recompensa econômica e da propriedade contra os valores que se referem ao patrimônio cultural, à criatividade coletiva e ao comentário crítico. Uma maneira bakhtiniana de distinguir esses dois conjuntos importantes de questões, sem misturar seus interesses particulares, é o de reconhecer o quanto estamos incorporados na linguagem dos outros, usando e respondendo a ditos que procederam aos nossos, reconhecendo também que adicionamos a isso algum detalhe de originalidade, novidade, assim como a especificidade situacional esperada de tarefas particulares. Quando analisamos situações acadêmicas e outras particulares a partir dessa perspectiva, nós achamos que a dependência prevista do contexto cultural comum (de domínio público) e do detalhe de originalidade ou novidade a ser adicionado varia de tarefa para tarefa, e um procedimento que é considerado como uma trapaça ou como desprovido de originalidade em uma dada situação é o que é esperado de outra, ou seja, é considerado adequado a outra situação. Em contextos educacionais, faríamos bem em identificar com mais especificidade como os alunos deveriam usar a cultura comum em cada tarefa dada, bem como as formas específicas de inovação ou originalidade que também esperamos que eles realizem em suas tarefas. Devemos então ajustar o que identificamos como plágio ou fraude escolar em relação às nossas expectativas quanto ao que esperamos de originalidade em uma tarefa.