Revista Uningá (Mar 2020)
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DA SONOLÊNCIA DIURNA EXCESSIVA QUANTO A SUA AVALIAÇÃO POR INTERMÉDIO DA APLICAÇÃO DE ESCALAS SUBJETIVAS DO SONO: ESCALA DE SONOLÊNCIA DE EPWORTH E ÍNDICE DE QUALIDADE DO SONO DE PITTSBURGH
Abstract
Infere-se que muitas pesquisas comprovam o papel de vários fatores de saúde, estilo de vida e doenças na expressão da sonolência diurna excessiva. O presente estudo teve por objetivo demonstrar o perfil clínico-epidemiológico da sonolência diurna excessiva com base nos seus achados na literatura mediante aplicação de duas escalas subjetivas utilizadas em protocolos de pesquisa e centros de avaliação do sono, são elas: a Escala de Sonolência de Epworth e Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Trata-se de uma revisão bibliográfica, em que foram elegíveis artigos primários, com data de publicação de 1999 até 2018, em que se utilizou as seguintes bases de dados referenciais: Biblioteca Virtual de Saúde (Bvs), Web of Science; Periódico da Capes; Scopus; SciELO; Social Science Research Network (SSRN); PubMed; LILACS e MEDLINE Complete. Na seleção crítica dos artigos de estudos transversais, recorreu-se à Appraisal tool for Cross-Sectional Studies (AXIS). Verificou-se que medidas autorrelatadas são prontamente obtidas com questionários validados como a Escala de Epworth (ESS) e Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). Outrossim, a literatura evidencia a relevância da análise e diagnóstico da sonolência diurna excessiva mediante o uso de exames eletrofisiológicos incluindo videopolissonografia noturna, teste de latências múltiplas do sono, teste de manutenção da vigília e actigrafia. A fadiga foi relacionada à depressão, à ansiedade e à qualidade do sono, mas não a sonolência diurna excessiva. Por último, indivíduos obesos, quando operados pela cirurgia metabólica pela técnica de desvio biliopancreático apresentaram normalização da sonolência diurna excessiva.