Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (Oct 2021)

Efeitos psicofisiológicos da utilização da máscara de algodão em um teste progressivo máximo

  • Anibal Pires do Amaral Neto,
  • Rui Gonçalves Marques Elias,
  • Ricardo Siqueira de Oliveria,
  • Claudinei Ferreira do Santos

Journal volume & issue
Vol. 14, no. 94
pp. 875 – 883

Abstract

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Desde o aparecimento do ví­rus SARS-CoV2 e sua consequente disseminação mundial, diversas medidas foram tomadas para diminuir a contaminação, dentre elas a utilização de máscaras. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos psicofisiológicos da utilização da máscara de algodão Tricoline durante a realização de um teste progressivo máximo. Foi desenvolvido um estudo com design experimental cruzado com amostra composta por 13 homens, com idade de 33 ± 5,8 anos. Foi aplicado o Teste de vai e vem de Leger, Escala de Percepção Subjetiva do Esforço de Borg. A frequência cardí­aca foi registrada através de um cardiofrequencí­metro da marca Garmin®. O ponto de deflexão da frequência cardí­aca (FCdef) e sua velocidade associada (Vdef) foi calculada através do método Dmax.. Para análise dos dados foi utilizado o software IBM SPSS Statistics 20. Para observação da concordância dos testes com e sem a utilização da máscara de proteção, foram gerados os gráficos de Bland, Altman. p<0,05 foi considerado significativo. As diferenças dos testes para variáveis "FCdef" e "Vdef" apresentaram um valor médio de -0,76 bpm e 0,10 Km/h respectivamente, indicando uma discordância praticamente nula. Já para as variáveis Tteste e PSE as diferenças foram 20s e -0,41 respectivamente, indicando uma provável discordância dos testes. Os resultados demonstram que a utilização da máscara de proteção na prática do exercí­cio fí­sico parece não afetar os mecanismos fisiológicos, no entanto, ao influenciar diretamente os mecanismos de regulação da percepção subjetiva de esforço, pode antecipar prematuramente a duração de um esforço máximo ou submáximo.

Keywords