Cadernos EBAPE.BR ()

Masculinidade e feminilidade na Ameas: holograma, ilhas de clareza ou uma selva desconhecida?

  • Cintia Rodrigues de Oliveira Medeiros,
  • Valdir Machado Valadão Junior

DOI
https://doi.org/10.1590/S1679-39512011000100006
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1
pp. 79 – 96

Abstract

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A análise de características atribuídas a determinados sujeitos e do modo como essas características são socialmente construídas tem se tornado comum nos estudos organizacionais.Os privilégios existentes em apenas parte das relações duais, como a relação feminino/ masculino, aparecem nos discursos e nas práticas organizacionais como neutro e natural. Porém, demarcam e definem a natureza do trabalho e de suas relações. Neste artigo, examinamos como as atribuições de masculinidade e feminilidade influenciam o significado de ser homem ou de ser mulher numa organização do terceiro setor. A organização em estudo - vista como um padrão de significados, de valores e de comportamentos - é analisada de três perspectivas (MARTIN, 2001), para que se possa compreender aspectos compartilhados, confrontados ou que sejam ambíguos quanto às atribuições de masculinidade e feminilidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujo delineamento é a pesquisa narrativa. A coleta de dados foi realizada por meio de documentos e de entrevistas semiestruturadas com membros da Associação Municipal de Entidades Assistenciais (Ameas). Os resultados apontam inconsistências, ambiguidades e contradições entre as narrativas dos fundadores encontradas nos documentos e as narrativas dos sujeitos da pesquisa sobre a prática organizacional.

Keywords