Brazilian Neurosurgery (Sep 2013)

Terapia endovascular no vasoespasmo cerebral secundário à hemorragia subaracnóidea

  • Saulo Araújo Teixeira,
  • Eberval Gadelha Figueiredo,
  • Jose Guilherme Mendes Pereira Caldas,
  • Daniella Brito Rodrigues,
  • Maria Luana Carvalho Viegas,
  • Manoel Jacobsen Teixeira

DOI
https://doi.org/10.1055/s-0038-1626011
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 03
pp. 186 – 190

Abstract

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O vasoespasmo cerebral é uma complicação relativamente frequente após episódios de hemorragia subaracnóidea de etiologia aneurismática. É responsável pela mortalidade de aproximadamente 30% dos pacientes e por sequelas neurológicas em 50% dos sobreviventes. Revisão de literatura realizada em julho de 2012. Foram pesquisadas as bases de dados PubMed e BVS e selecionados 37 artigos em português e inglês. A terapia do triplo H, largamente utilizada, diminui complicações isquêmicas, mas pode piorar comorbidades. A nimodipina ainda é a única droga que melhora comprovadamente o prognóstico do paciente. O tratamento endovascular pode ser baseado em angioplastia por balão, que dilata mecanicamente os vasos estreitados, ou em administração intra-arterial de agentes vasodilatadores, como a papaverina. Angioplastia profilática em determinados segmentos arteriais pode reduzir em até 10,4% as complicações isquêmicas. A angioplastia terapêutica tem melhores resultados quando realizada nas duas primeiras horas após a instalação do vasoespasmo sintomático. A papaverina induz melhora angiográfica em até 66% dos pacientes, mas pode estar relacionada à neurotoxicidade. A terapia endovascular parece ter resultados muito positivos para o tratamento do vasoespasmo cerebral. Pela falta de evidências, no entanto, deve ainda ser reservada para pacientes refratários ao tratamento clínico ou com complicações que o impeçam.

Keywords