Domínios de Lingu@gem (Apr 2024)

Tradução de quadrinhos

  • Sabrina Moura Aragão,
  • Adriana Zavaglia

DOI
https://doi.org/10.14393/DLv18a2024-14
Journal volume & issue
Vol. 18
pp. e1814 – e1814

Abstract

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O presente artigo discute as especificidades da tradução de histórias em quadrinhos a partir da noção de unidade de tradução, tendo em vista a enunciação e as estruturas formais dessa forma de linguagem. Para tanto, apresentamos a noção clássica de unidade de tradução desenvolvida por Vinay & Darbelnet (1995), a fim de demonstrar como o conceito pode ser repensado e expandido no contexto da tradução de linguagens multimodais, como os quadrinhos. Nesse sentido, refletimos sobre a linguagem das HQs e sua forma de transmitir mensagens a partir de autores como Marion (1990), Baetens (2001), McCloud (2005) e Eco ([1965] 2008), bem como de autores que refletiram sobre a tradução dessa mídia, como Zanettin (2014), Celotti (2014) e Kaindl (2020). Este trabalho pretende contribuir para a análise da tradução dessa mídia no Brasil, cuja pesquisa vem crescendo nos últimos anos, apesar de a tradução de quadrinhos ser bastante antiga no país. Partindo disso, analisamos a tradução da graphic novel francesa Le photographe (2004) – no Brasil, O fotógrafo (2008) – de Didier Lefèvre, Emmanuel Guibert e Frédéric Lemercier, a fim de apresentarmos as especificidades enunciativas e tradutórias dessa obra, com vistas à conceituação da noção de unidade plurissemiótica, que se dá na leitura dos quadrinhos, com implicações significativas para o seu processo de tradução.

Keywords