Revista de Saúde Pública (Dec 2012)
Competências científico- tecnológicas e cooperação universidade-empresa na saúde Competencias científico-tecnológicas y cooperación Universidad-Empresa en la salud Health-related scientific and technological capabilities and university-industry research collaboration
Abstract
OBJETIVO: Analisar a evolução recente das competências científicas na área de saúde, o efeito das linhas de fomento na redução dos desequilíbrios científicos regionais e a interação universidade-empresas entre os grupos de pesquisa em saúde no Brasil. MÉTODOS: As informações utilizadas foram provenientes das bases de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, referentes aos anos de 2000 a 2010. Foram calculados indicadores relativos à mobilização de recursos, à estruturação de grupos de pesquisa e à realização de esforços para transferência de conhecimentos entre a esfera científica e o setor empresarial. RESULTADOS: Com base no mapa da distribuição regional das competências técnico-científicas na área de saúde, foram identificados possíveis padrões de especialização científica e os padrões de interação entre a comunidade científica e o setor empresarial. Houve relativa desconcentração espacial dos grupos de pesquisa em saúde e seis áreas de conhecimento eram responsáveis por mais de 6% dos grupos de pesquisa em saúde, pela ordem: Medicina, Saúde Coletiva, Odontologia, Medicina Veterinária, Ecologia e Educação Física. Os incentivos representados pelas linhas de fomento no período 2000-2009 contribuíram para reduzir os desequilíbrios científicos regionais, induzindo o aprofundamento de competências pré-existentes ou, alternativamente, estimulando a descentralização espacial dessas competências. CONCLUSÕES: Ainda persiste uma concentração espacial elevada das competências técnico-científicas em saúde e os incentivos de política têm contribuído apenas parcialmente para reduzir esses desequilíbrios.OBJETIVO: Analizar la evolución reciente de las competencias científicas en el área de la salud, el efecto de las líneas de fomento en la reducción de los desequilibrios científicos regionales y la interacción universidad-empresas entre los grupos de investigación en salud en Brasil. MÉTODOS: Las informaciones utilizadas fueron tomadas de las bases de datos del Consejo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico de Brasil, referentes a los años 2000 y 2010. Se calcularon indicadores relativos a la movilización de recursos, a la estructuración de grupos de investigación y a la realización de esfuerzos para transferencia de conocimientos entre la esfera científica y el sector empresarial. RESULTADOS: Con base en el mapa de la distribución regional de las competencias técnico-científicas en el área de salud, se identificaron posibles patrones de especialización científica y los patrones de interacción entre la comunidad científica y el sector empresarial. Hubo relativa desconcentración espacial de los grupos de investigación en salud y seis áreas de conocimiento eran responsables por más de 6% de los grupos de investigación en salud, por el orden: Medicina, Salud Colectiva, Odontología, Medicina Veterinaria, Ecología y Educación Física. Los incentivos representados por las líneas de fomento en el período 2000-2009 contribuyeron para reducir los desequilibrios científicos regionales, induciendo la profundización en competencias pre-existentes o, alternativamente, estimulando la descentralización espacial de tales competencias. CONCLUSIONES: Aún persiste una concentración espacial elevada de las competencias técnico-científicas en salud y los incentivos de política han contribuido sólo parcialmente en la reducción de estos desequilibrios.OBJECTIVE: To examine recent developments in health-related scientific capabilities, the impact of lines of incentives on reducing regional scientific imbalances, and university-industry research collaboration in Brazil. METHODS: Data were obtained from the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Brazilian National Council for Scientific and Technological Development) databases for the years 2000 to 2010. There were assessed indicators of resource mobilization, research network structuring, and knowledge transfer between science and industry initiatives. RESULTS: Based on the regional distribution map of health-related scientific and technological capabilities there were identified patterns of scientific capabilities and science-industry collaboration. There was relative spatial deconcentration of health research groups and more than 6% of them worked in six areas of knowledge areas: medicine, collective health, dentistry, veterinary medicine, ecology and physical education. Lines of incentives that were adopted from 2000 to 2009 contributed to reducing regional scientific imbalances and improving preexisting capabilities or, alternatively, encouraging spatial decentralization of these capabilities. CONCLUSIONS: Health-related scientific and technological capabilities remain highly spatially concentrated in Brazil and incentive policies have contributed to reduce to some extent these imbalances.